As escolas do Acre têm se tornado abrigos para atender às famílias desabrigadas pela cheia dos rios do Acre. Além disso, algumas instituições também foram atingidas pelas águas, o que deve mudar futuramente o calendário escolar.
Um levantamento da Secretaria de Educação mostra que 16 escolas estaduais foram afetadas. Deste total, duas foram alagadas e o restante está ocupado por famílias que tiveram que sair de casa.
Essas escolas estão nas cidades de Brasileia, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Rio Branco, Santa Rosa do Purus e Tarauacá.
“Isso tudo é reflexo da cheia em todos os municípios, em todas as regionais, e é uma preocupação bem grande. Mas, em Rio Branco e demais municípios, as aulas continuam normalmente nas escolas que não foram alagadas e nem estão servindo como abrigo”, disse o titular da pasta, Aberson Carvalho.
As modificações no calendário escolar, segundo o secretário, devem ser analisadas no período pós-enchente.
“Depois que entendermos a proporção desse prejuízo é que vamos elaborar um novo calendário para esses municípios e para as escolas específicas que tiveram que suspender as aulas. Nas demais, o calendário segue normal, encerrando no dia 20 de dezembro”, pontuou o secretário.
O governador do Acre, Gladson Cameli, decretou, no domingo, 25, estado de emergência em 17 cidades do Acre devido às inundações causadas pela cheia dos rios.
Um dia depois, o governo federal reconheceu o decreto e publicou a portaria no Diário Oficial da União.
Até esta quarta-feira, 28, nas dez cidades mais críticas há 62 abrigos públicos atendendo 5.960 pessoas desabrigadas. Além disso, há 8.516 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos.
O governo do Estado, por intermédio de suas secretarias, têm dado suporte a todos os municípios no atendimento aos atingidos. Além de estruturas de abrigo, também tem feito uma força-tarefa para enviar insumos às comunidades atingidas, principalmente as indígenas, que estão em cidades isoladas.
Nesta quarta-feira, 28,a cidade de Brasileia atingiu a marca de 15,56 m, ultrapassando a cheia histórica de 2015, onde o rio alcançou 15,55 m, tendo assim uma nova cheia histórica. O município de Brasileia é um dos mais afetados pela cheia do Rio Acre até o momento; cerca de 75% da cidade já foi afetada. Atualmente, a cidade está isolada por via terrestre, e as pessoas só conseguem se locomover por meio fluvial; quinze instituições do município estão alagadas.