A interação entre meio ambiente e desenvolvimento é definida como bioeconomia, e o governo do Acre, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac), em parceria com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), está investindo R$ 420 mil em seis pesquisas que devem fazer o estado avançar nessa área, que tem sido um dos focos da gestão de Gladson Cameli.
Os recursos são provenientes do Edital nº 002/2023– Programa Primeiros Projetos (PPP), que tem o objetivo de apoiar pesquisadores com, no máximo, oito anos de doutorado e que não sejam bolsistas de produtividade do CNPq. Todos os projetos são executados por pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e cada um teve o investimento de R$ 70 mil e tem prazo de execução de 18 meses, contando desde dezembro do ano passado.
“Os projetos trazem ferramentas para o avanço da produtividade de cadeias produtivas importantes e o aumento da qualidade de vida da nossa população”, destaca Moisés Diniz, presidente da Fapac.
Todas as pesquisas passaram por um processo de seleção que contou com o apoio de estudiosos para uma análise para esta finalidade, como explica a gestora de políticas públicas, Jussara de Brito.
“O processo de seleção envolve análise de pesquisadores de fora. Fazemos isso por e-mail porque são pesquisadores cadastrados especificamente para fazer esse tipo de análise. A gente faz esse convite, envia o projeto selecionado de acordo com a área de cada um e esse pesquisador dá um parecer. Então, é um somatório da decisão da Fapac e do resultado dessa análise”, explica.
Gladys Sousa, coordenadora do Programa Primeiros Projetos Fapac/CNPq, destaca que esse edital foi lançado para que o recurso já destinado a pesquisas não retornasse.
“Os pesquisadores que poderiam submeter projetos teriam que ter no máximo oito anos de doutorado, porque o objetivo do programa é atingir pesquisadores com pouco tempo no doutorado, por isso se chama Programa Primeiros Projetos. No final, foram selecionados seis dos 28 projetos submetidos”, destaca.
Confira o resumo dos projetos que estão sendo executados:
Pesquisadora: Simone Matias de Almeida Reis
Resumo: Ampliar o conhecimento sobre como as espécies arbóreas de formações florestais com distintas estratégias ecológicas estão respondendo às mudanças climáticas atuais, especialmente ao acúmulo de carbono, nas florestas acreanas ao longo do ano.
Pesquisador: Pablo Torrez Caballero
Resumo: Elaborar algoritmo de estimação de volume de gado através da combinação de métodos e técnicas, com processamento de imagens, visando estimar o volume de uma vaca/touro que tenha potencial para a pecuária do estado do Acre.
Pesquisador: Jônatas Chagas de Oliveira
Resumo: Utilizar a genômica para acelerar os ganhos do programa de melhoramento do amendoim forrageiro, uma espécie nativa do Brasil que tem se destacado em pastagens consorciadas com gramíneas, contribuindo para o ganho de peso do gado e a redução do tempo de abate.
Pesquisador: Lucas Martins
Resumo: Avaliar protocolos de produção de mudas clonais de espécies amazônicas arbóreas por meio da técnica de miniestaquia, para produção de mudas clonais de espécies amazônicas arbóreas.
Pesquisador: Ronaldo Francisco Ribeiro Pereira
Resumo: Elaborar algoritmos de regressão com técnicas utilizadas no campo da inteligência artificial (IA) para estimar a produtividade de culturas agrícolas com potencial para a agricultura do estado do Acre, com melhorias no planejamento dos investimentos.
Pesquisador: Vagne de Melo Oliveira
Resumo: Investigar o potencial biotecnológico das biomoléculas em fungos endofíticos da Região Amazônia Ocidental, tais como as proteases colagenolíticas no tratamento de feridas necrosadas, cicatrizes pós-operatórias, psoríase, cicatrizes hipertróficas e isquemias cardíacas, debridamento de úlceras diabéticas; e proteases fibrinolíticas no tratamento de tromboembolias, sobretudo com os impactos da covid-19 devido à inflamação excessiva, hipóxia, imobilização e coagulação intravascular difusa.