Com foco na preservação da saúde e na garantia de condições dignas de trabalho, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), promoveu nesta quinta-feira, 24, o IV Seminário Integrado sobre Saúde e Segurança do Trabalhador e da trabalhadora. O evento reuniu representantes de conselhos, sindicatos, órgãos de controle, sociedade civil organizada, além de estudantes, professores e profissionais da área.

O seminário já se consolidou no calendário de atividades do Cerest e, neste ano, ampliou o debate sobre a manutenção de vínculos trabalhistas como garantia de direitos. A programação abordou ainda os preparativos do estado para a participação na 5ª Conferência Nacional de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador, que acontece em agosto, em Brasília.

Segundo o coordenador geral do Cerest, Igor Coelho, a proposta do evento é integrar diferentes setores na construção de ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis. “Discutimos todas as interfaces da saúde do trabalhador e da trabalhadora, nesta edição, reforçamos a importância do vínculo formal como uma forma de garantir acesso à previdência e demais direitos trabalhistas”, destacou.

Ainda de acordo com o coordenador, a presença de estudantes de áreas como medicina, enfermagem e fisioterapia também tem um papel estratégico na formação de profissionais conscientes. “Percebemos que muitos recém-formados desconhecem as políticas públicas voltadas à saúde do trabalhador e da trabalhadora. Por isso, temos recebido universitários em programas de estágio e extensão, incentivando essa aproximação desde a graduação”, explicou Igor.

Para o procurador do Estado, Marcos Póvoas, a discussão sobre a fragilidade dos vínculos de trabalho é urgente. “Hoje, vemos crescer os contratos informais, sem garantias legais, o que prejudica não só o trabalhador, mas toda a sociedade. É preciso fortalecer a consciência coletiva e os sindicatos, pois a luta organizada é o caminho mais eficaz para a proteção dos direitos”, pontuou.

Ainda segundo Marcos Póvoas, a saúde física e emocional do trabalhador e da trabalhadora também impacta diretamente o serviço prestado à população. “Ambientes de trabalho saudáveis reverberam na vida familiar, na comunidade e no convívio social. Investir nisso é garantir um serviço público mais eficiente e humanizado”, completou.

Conselheira Municipal de Saúde de São Cristóvão e agente comunitária de saúde, Juliana Aguiar reforçou o papel estratégico da capacitação para os conselheiros. “Esses encontros fortalecem nosso trabalho de fiscalização e controle social. Adquirimos ferramentas para orientar os trabalhadores sobre seus direitos e também sobre como denunciar irregularidades”, avaliou