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Prefeitura de Nova Iguaçu e Light estão em tratativas para construção de piscinões para conter enchentes

Nova Iguaçu deu mais um passo na busca por medidas que possam amenizar os danos causados por consequência de chuvas fortes, como as que atingiram a...

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ
31/01/2025 às 17h40
Prefeitura de Nova Iguaçu e Light estão em tratativas para construção de piscinões para conter enchentes
Foto: Reprodução/Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ

Nova Iguaçu deu mais um passo na busca por medidas que possam amenizar os danos causados por consequência de chuvas fortes, como as que atingiram a cidade na última quarta-feira (29). Na manhã desta sexta (31), o prefeito Dudu Reina recebeu o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Adilson Faria, e representantes da Light para debater a construção de caixas de retardo, conhecidos como piscinões, capazes de reter grande volume de água.

O encontro aconteceu no local onde a Prefeitura deseja construir o reservatório, um terreno de propriedade da Light, localizado na Rua Coronel Bernardino de Melo, ao lado do Viaduto Dom Adriano Hipólito, conhecido como viaduto do antigo Extra, no bairro da Luz. Também estiveram presentes a assessora de Projetos Especiais, Cleide Moreira, e os secretários municipais de Infraestrutura, Paulo César de Souza, e de Agricultura e Meio Ambiente, Edgar Martins.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ
Foto: Reprodução/Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ

“Precisamos que a Light autorize a construção dos piscinões. Por isso, fizemos uma reunião com o corpo técnico da concessionária para dar continuidade ao estudo de viabilidade feito pela PUC-RJ. Estas caixas de retardo serão fundamentais para que possamos amenizar os problemas causados pela chuva enquanto seguimos cobrando dos governos Estadual e Federal a execução do Projeto Iguaçu”, disse Dudu Reina.

A Prefeitura de Nova Iguaçu trabalha há três anos no plano de construção dos piscinões, mas não pode avançar no projeto enquanto não tiver autorização da Light, dona do terreno. Durante o encontro, o município apresentou uma proposta ao corpo técnico da concessionária com o objetivo das duas partes alinharem as ideias e chegarem a um denominador comum.

“Nosso projeto prevê a construção de seis caixas de retardo, todas ao longo da Via Light, sendo a primeira delas aqui ao lado do viaduto Dom Adriano Hipólito. São áreas que vão receber uma grande quantidade de água, reduzindo o volume que chega ao Rio Botas. Com os piscinões, elas ficariam retidas para que pudessem escoar pelo rio de forma gradativa, diminuindo sua elevação e, consequentemente, a possibilidade de transbordamento”, explica a assessora de Projetos Especiais, Cleide Moreira.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ
Foto: Reprodução/Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ

Eficiência da canalização do Botas depende do Projeto Iguaçu

Enquanto aguarda autorização da Light e também a execução do Projeto Iguaçu, a Prefeitura vem buscando soluções capazes de amenizar o problema das enchentes. Uma delas foi a obra de canalização do Rio Botas, incluindo o alargamento da calha de sete para 14 metros em um trecho de 1,2 km entre Ouro Preto e Comendador Soares, aumentando a profundidade de 1,5m para 3m.

Para que o serviço fosse executado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, a prefeitura demoliu quase 400 construções irregulares às margens do rio, entregou moradias novas a 335 famílias e ressarciu outras 61. Além disso, a limpeza dos rios, canais e desobstrução de bueiros é feita regularmente.

No entanto, para que a canalização do Botas tenha a eficiência desejada, é fundamental que saia do papel o Projeto Iguaçu, orçado inicialmente em R$ 1 bilhão e que necessita do apoio do Estado e da União para sua execução. O projeto consiste na construção de barragens e criação de reservatórios, entre outras medidas que poderão evitar o transbordamento do rio. A obra deve ser executada desde o deságue na baía de Guanabara, em Duque de Caxias, passando por Belford Roxo até chegar a Nova Iguaçu. Desta forma, três milhões de pessoas em seis municípios da Baixada seriam beneficiadas.

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