Com reforços em equipes de atendimento à população e implementação de novos sistemas tecnológicos voltados à identificação civil, o Instituto de Identificação Papiloscopista Wendel da Silva Gonzaga (IIWSG) emitiu 353.944 unidades da Carteiras de Identidade Nacional (CIN) apenas em 2024. O número indica que 15,45% dos sergipanos já dispõem do novo documento oficial brasileiro apenas no primeiro ano de emissão em larga escala da CIN. Ela foi implementada em Sergipe no fim de 2023, em fase experimental. O Instituto é também responsável pela Certidão de Antecedentes Criminais e identificação criminal de presos.
Para a otimização dos serviços de identificação civil e criminal dos cidadãos sergipanos, o Instituto é organizado em oito divisões, conforme explicou o diretor Jenilson Gomes. “São divisões que perpassam pela identificação civil, atendimento ao público, arquivamento e pesquisas de prontuário. É todo um ecossistema dentro do Instituto de Identificação para garantir que seja possível responder a pergunta ‘Quem é você?’, que norteia os procedimentos de identificação dos cidadãos”, descreveu.
Ilustrando a atuação do Instituto em 2024, Jenilson Gomes exemplificou o caso da identificação de que uma cidadã iria ser julgada por um crime que não cometeu. Ele citou ainda que o órgão também trabalhou em situações que contemplaram a identificação de cidadãos inconscientes e que estavam internados em hospitais de Sergipe.
Certidão de Antecedentes Criminais
Em paralelo à emissão das CINs e demais procedimentos de identificação, outro serviço bastante procurado pelos cidadãos sergipanos é a emissão da Certidão de Antecedentes Criminais. Em 2024, foram emitidos 45.831 documentos responsáveis por atestar que o cidadão não possui histórico criminal. Geralmente, esta certidão é solicitada por instituições e empresas para seleção e contratação de funcionários, por exemplo.
Além da emissão de CINs e das Certidões de Antecedentes Criminais, o Instituto também executa procedimentos de verificação do crime de falsidade ideológica. Em 2024, foram realizados mais de 1,5 mil procedimentos destinados a atestar adulterações ou omissões na identificação de cidadãos brasileiros. “Identificamos que 16 custodiados no sistema prisional estavam utilizando dados de outras pessoas. Assim, garantimos que um inocente não pagaria por um crime que não cometeu”, evidenciou Jenilson Gomes.
Reforço e novos equipamentos
O reforço nas equipes com a convocação de 19 novos papiloscopistas foi essencial para o trabalho da instituição, que é vinculada à Polícia Científica. “Os novos papiloscopistas reforçam as equipes não só do atendimento civil, mas também dos atendimentos criminais, de local de crime e da necropapiloscopia, que é a identificação de cadáveres de morte violenta ou de causa natural”, ressaltou o diretor do órgão.
Já em relação à aquisição de novos equipamentos e kits de identificação, além da reestruturação dos postos de atendimento, cerca 33% das unidades não operam mais com o uso de tinta para coleta de impressão digital. “Desde a implementação da CIN, Sergipe passou a eliminar progressivamente o uso da tinta. Ao longo de 2025, com a chegada de mais equipamentos, vamos ampliar a coleta digital da biometria no estado”, contextualizou o diretor do Instituto de Identificação.
Além dos equipamentos destinados ao atendimento e à coleta biométrica já implementados no decorrer do ano passado, Jenilson Gomes explicou que já está sendo organizada a ampliação da digitalização do arquivo do Instituto de Identificação de Sergipe. “Estamos em um processo legal licitatório que iniciou em 2024, e agora vamos passar a colher os frutos da digitalização do nosso arquivo, o que vai melhorar ainda mais o tempo de resposta às demandas do cidadão sergipano”, ressaltou.
Avaliação dos resultados
Para o diretor do Instituto, 2024 foi considerado um ano produtivo para o campo da identificação civil e criminal em Sergipe. “Tivemos vários números positivos, que foram possíveis graças aos investimentos feitos pelo Governo do Estado desde o ano de 2023. Tudo isso culminou para toda essa realização de procedimentos e emissões de documentos em 2024. Agora, temos a expectativa de potencializar esses números em 2025”, concluiu Jenilson Gomes.