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Terceiro dia do Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras relembra início do evento com relatos de incentivadores

Dia foi marcado por trabalhos que destacaram história de grupos sergipanos e esforços para realizar evento

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: Secom Sergipe
10/01/2025 às 16h00
Terceiro dia do Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras relembra início do evento com relatos de incentivadores
Dia foi marcado por trabalhos que destacaram história de grupos sergipanos e esforços para realizar evento / Foto: Marco Ferro

Além da diversão, a cultura serve como instrumento para a manutenção da identidade, resgate da história e preservação da memória de um povo. Na última quinta-feira, 10, o auditório da Universidade Federal de Sergipe - Campus Laranjeiras recebeu o terceiro dia da programação comemorativa dos 50 anos do Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras. A iniciativa é promovida pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), com coordenação geral do Conselho Estadual de Cultura (CEC).

O Simpósio conta com parcerias da UFS e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE), além do apoio da Prefeitura de Laranjeiras. Com três mesas-redondas, o terceiro dia foi marcado pela apresentação de trabalhos que destacaram a história de grupos sergipanos e os esforços que culminaram na realização da primeira edição do evento.

A manhã começou com a mesa-redonda “Reflexões sobre as Culturas Populares do Brasil Contemporâneo”, mediada por Frank Rolim e composta pelos pesquisadores Cáscia Frade, Luciano Lima Souza e Maria Augusta Mundim Vargas. Os debates abordaram as transformações e desafios das culturas populares no cenário atual, destacando sua relevância como forma de resistência e expressão identitária.

Em seguida, a apresentação da mesa “Culturas Populares, Comida, Louvor e Louvar”, enfatizou o ato de cozinhar e se alimentar como elemento de comunhão e preservação de tradições. Mediado por Luzia Nascimento, da Academia Sergipana de Letras (ASL), o debate contou com as contribuições dos pesquisadores Raul Lody, Janaína Couvo, Alexandre Marques e Luana Almeida.

A última mesa do dia, intitulada “50º Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras: Relatos, Experiências, Memória e Diálogos Geracionais”, reuniu importantes personalidades da cultura sergipana: Aglaé D’Ávila Fontes, Beatriz Góis Dantas, Verônica Nunes e Jackson da Silva Lima. Mediado pela professora Maria Augusta Mundim Vargas, o debate trouxe relatos sobre o início do Encontro Cultural de Laranjeiras, em 1976, e sua consolidação como o maior encontro cultural do Nordeste.

“Foi justamente esse Encontro que deu projeção não só nacional, mas internacional à nossa cultura imaterial popular. Pesquisadores do mundo todo se encantaram pela parte material da cidade e pela preservação cultural desses elementos. Estou feliz em ver no que o Encontro e o Simpósio se tornaram”, afirmou o pesquisador Jackson da Silva Lima.

A professora Aglaé D’Ávila Fontes, em uma apresentação dinâmica, trouxe cantigas de roda e folclóricas, como “Um Buquê de Rosas”, do Reisado, e destacou o papel da cultura na construção identitária. “Sergipe pode ser pequeno, mas está sempre cheio de coisas, porque a memória em torno dele é fértil e diversificada. Aqui tem toré, canjica, a queima do Judas, a queijada, tudo isso misturado que forma a nossa identidade”, afirmou.

A professora Verônica Nunes, que começou acompanhando o Simpósio como plateia, comentou sobre as interações proporcionadas pelo evento. “Se a memória é o fio condutor que conecta essas gerações, o passado vai se mantendo vivo, registrado em documento, seja ele escrito ou oral. O Simpósio transforma e é transformado pelas interações que promove, fortalecendo os laços entre gerações e revitalizando a memória coletiva”, afirmou.

Neste sábado, 11, a partir das 8h, no auditório da Universidade Federal de Sergipe - Campus Laranjeiras, acontece o último dia de programação do 50º Simpósio. As atividades incluem diálogos com mestres e mestras das culturas populares, conferências e uma mesa-homenagem ao historiador Luiz Antônio Barreto.

Foto: Marco Ferro
Foto: Marco Ferro
Foto: Marco Ferro
Foto: Marco Ferro
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