Natural da cidade de Capanema, nordeste paraense, mas morando em Marabá desde 2017, Evandro Barros, novo secretário municipal de Meio Ambiente, tem como uma das metas digitalizar os processos da Semma e aproximar o órgão da sociedade, para que as pessoas não vejam as pautas ambientais como obstáculos para o desenvolvimento da cidade.
Formado em engenharia ambiental pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), Evandro Barros é servidor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Ele também é formado em técnico em Agropecuária pelo Instituto Federal do Pará (IFPA), campus Castanhal; especialista em Gestão Ambiental pela Universidade Federal do Pará (UFPA); mestre em Ciências Ambientais pela UFPA; especialista em Física do Clima; e doutor em Desenvolvimento Socioambiental pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da UFPA.
Evando já trabalhou na Agência de Defesa Agropecuária do Pará (ADEPARÁ) como técnico em Defesa Sanitária. Em 2006, ingressou na Semas como servidor concursado. Lá trabalhou em diversas frentes: gestão de áreas protegidas, criação e gestão de unidades de conservação, planos de manejo, capacitação e qualificação de servidores públicos do estado nos municípios; e programa de descentralização da gestão ambiental nos 144 municípios do Pará. Em 2013, foi cedido para assumir a secretaria de Meio Ambiente de Ourém, no nordeste do Pará. No município, implementou o sistema municipal de meio ambiente.
Em sua visão, tanto os problemas quanto as soluções estão nos municípios, por isso, sempre buscou a descentralização das ações e delimitação das competências entre as esferas municipal, estadual e federal.
“No meu doutorado, eu estudei, criei o Índice da Gestão Ambiental nesses 144 municípios para que a gente avaliasse a performance desses municípios. Como esses municípios estavam, como estava a qualidade ambiental deles. Eu fiz esse estudo pelos municípios, apresentando soluções”, explica.
Atuando na Semas, em Marabá, Evandro Barros trabalhou com licenciamento ambiental. No período em que está na cidade, pôde conhecer mais de seus desafios. Essas informações foram aperfeiçoadas durante a fase de transição para a atual gestão, principalmente em relação às ações da secretaria municipal.
Atualmente, cerca de 90% dos servidores da Semma são concursados. Segundo o secretário, o objetivo é aperfeiçoar o atendimento à população por meio das equipes técnicas, digitalizar e garantir a transparência dos processos e proporcionar uma comunicação ambiental que deixe a sociedade à par dos assuntos de interesse público, bem como fortalecer o programa de educação ambiental nas escolas é outro projeto da nova gestão.
“A gente vai fortalecer a educação ambiental, trabalhar essa questão nas escolas. A gente precisa intensificar isso. A gente precisa fortalecer as ações de controle e monitoramento, a questão do licenciamento ambiental, à medida que a população perceber que a secretaria é parceira, uma instituição que vai ajudar o próprio município. Que a gente precisa preparar as presentes e futuras gerações marabaenses para fazer um bom curso dos recursos naturais”, afirma.
Segundo Evandro Barros, é necessário fornecer informações às pessoas para que sejam sensibilizadas quanto aos efeitos de ações como desmatamento, que gera problemas como falta de água e afeta produtores rurais, por exemplo. Para ele, é necessário conciliar o desenvolvimento social, econômico e ambiental.
“Não existe esse desenvolvimento sustentável se a gente não equacionar esse tripé: social, econômico e ambiental. Para isso, a gente tem que começar a informar, educar, expor problemas como na Piracema, problemas das queimadas, do desmatamento, da degradação das nossas áreas por mineração, da poluição sonora, da poluição atmosférica, da poluição da qualidade da água”, destaca.
Por outro lado, é necessário avançar no monitoramento ambiental, obtendo tecnologias que auxiliem na ação da secretaria.
A Semma também finalizará o inventário arbóreo de Marabá, em parceria com a Universidade do Estado do Pará (UEPA) e Ministério Público. O inventário servirá como base para um planejamento maior, que visa mapear a vegetação da cidade, quais locais necessitam de arborização e quais espécies serão utilizadas.
Mudanças climáticas e outras ações
O secretário afirma que está ciente da resolução do Ministério do Meio Ambiente para que os municípios trabalhem planos de contenção das mudanças climáticas. Primeiramente, deve ser assinado pela Semas e depois conveniado com os municípios.
“Isso perpassa pelo modo de produção, um modo de consumo, que a gente está tendo, questão de reduzir os impactos ambientais sobre os recursos hídricos, reduzir o desmatamento. Então, nós temos esse desafio de conter essas mudanças climáticas, não só a Semma, mas também o governo do Estado, que atua nas suas competências aqui no município, e o Ministério do Meio Ambiente, também por meio do Ibama”, pontua.
Em outra frente, o aterro sanitário de Marabá está sendo licenciado pela Semma e será um dos grandes projetos para o município, que está previsto no Plano Municipal de Resíduos Sólidos. “Para que a gente possa garantir uma boa destinação do lixo. A gente vai garantir que o nosso município está destinando adequadamente o resíduo, isso é uma coisa muito positiva”, avalia.
Outra missão da Semma será trabalhar em conjunto com as secretarias de Saúde e Agricultura para a realização de um programa de bem-estar para os animais de rua, com foco em cães e gatos. O objetivo é ampliar o programa de castração, disponibilizar bebedouros e ração e conscientizar a respeito dos maus-tratos aos animais.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Igor Leite
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