A Secretaria das Mulheres (Sempi) participou, nessa quinta-feira (21), do Seminário das Juventudes Tradicionais, Negras e Periféricas, evento promovido pelaSecretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc). O seminário discutiu as realidades enfrentadas pelos jovens negros nas periferias do Piauí.
O seminário não apenas destacou os desafios enfrentados por essas comunidades, mas também buscou fomentar um diálogo construtivo entre diferentes setores da sociedade, visando à construção de um estado mais inclusivo. A participação da Sempi no evento marca a presença de pautas sobre as políticas voltadas às mulheres e meninas do Piauí, garantindo que as vozes dessas juventudes sejam ouvidas e que suas necessidades específicas sejam atendidas de maneira efetiva.
Para a secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa, o seminário sobre juventudes “é de extrema importância, principalmente considerando a realidade enfrentada pelos jovens negros das periferias. É um fato que, tanto no Brasil quanto no Piauí, são eles que mais sofrem com a violência e as mortes precoces”.
A gestora completou pontuando a necessidade de ampliar as discussões sobre a proteção e sobrevivência desse grupo. “Precisamos urgentemente promover essa discussão e desenvolver estratégias eficazes para garantir a proteção e a sobrevivência desses meninos e meninas”, destaca Zenaide.
A gerente do Centro de Referência Francisca Trindade, Joelfa Farias, alertou para a grande porcentagem de mulheres e meninas negras em situação de violência e vítimas de feminicídio. Ela ainda voltou o olhar para a relevância da participação da Sempi no evento. “A importância do nosso envolvimento nesse seminário reside na escuta atenta das vozes da juventude e dos seus anseios. É essencial que possamos construir uma política pública que realmente atenda as necessidades dessa juventude”, completou a gestora.
A Sempi trabalha com a diversidade no olhar voltada às meninas e mulheres negras, LBTs, indígenas, ciganas e quilombolas, promovendo uma política transversal. Essa não se limita a questões de gênero, mas também aborda de forma efetiva as questões raciais, reconhecendo a relação direta entre essas identidades e os desafios únicos que cada grupo enfrenta.