Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) promove palestras sobre orçamento familiar

A Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) encerrou a programação do "Setembro Amarelo", na segunda-feira, 30, com uma palestra cobre "o reflexo do endividamento na saúde mental da mulher". A programação aconteceu no auditório do prédio sede da secretaria, promovida pela diretoria de autonomia econômica e políticas transversais da Semu. A ação envolveu mulheres em situação de vulnerabilidade.

"Nós trouxemos palestrantes de vários segmentos para falarmos sobre o reflexo do endividamento na saúde mental da mulher, se nós estamos tratando de mulheres vítimas de violência que, muitas vezes, têm o seu nome comprometido com uma dívida em decorrência de um agressor, a gente precisa ter esse olhar atento para buscarmos uma solução para essa questão de saúde pública e mental'', explicou Cleomara Batista, pedagoga da Semu.

Cássio Bitar, defensor público e coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Estado, acredita que esse tipo de ação fortalece a organização financeira das mulheres. "Quero parabenizar a secretaria por trazer esse tema tão importante não só para as mulheres que aqui são assistidas, mas também para os servidores. Até porque na maioria dos casos são as mulheres que protagonizam o orçamento doméstico. Então, é fundamental trazer informação e depois a assistência da política nacional de prevenção e enfrentamento ao endividamento."

"É muito importante que a gente aborde a questão patrimonial nessa perspectiva de gênero. As mulheres devem ter noções sobre educação financeira, sobretudo, para aquelas que estão em situação de vulnerabilidade e situação de violência", reforçou a promotora de justiça, Viviane Sobral, que participou da palestra.

Endividamento

De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) o número de mulheres endividadas segue em crescente. Como provedoras do lar, as mulheres estão comprometendo a sua renda devido ao pagamento devido ao pagamento de despesas. Os dados mostram que, 79% das mulheres no país têm dívidas a vencer e 30,5% de seus orçamentos mensais estão direcionados para quitar empréstimos.