O Centro Socioeducativo de Internação Provisória da Região dos Cocais (CSIPRC), localizado em Timon, celebrou o Dia dos Pais de forma especial, indo muito além da tradicional homenagem. A iniciativa foi marcada por momentos de integração, emoção e reflexão sobre a importância da presença e do cuidado na vida de adolescentes e servidores.

A presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), Sorimar Sabóia, destacou que a iniciativa representa mais do que uma comemoração. “O Dia dos Pais aqui no CSIPRC é um ato de esperança. É sobre acreditar que sempre é possível mudar, aprender e ser referência. Muitos dos nossos adolescentes carregam marcas de ausências, mas também têm a chance de escrever novos capítulos, pautados pelo respeito, pelo cuidado e pelo amor”, afirma. 

Mais do que uma data no calendário, o CSIPRC entende o Dia dos Pais como um convite para lembrar que ser pai ou exercer um papel paterno vai além dos laços de sangue. É sobre cuidado, escuta, presença e exemplo. Por isso, a ação buscou não apenas celebrar, mas também promover um olhar mais sensível sobre a força de um vínculo saudável.

Servidores e socioeducandos participaram do “Jogo dos Guerreiros”, que reuniu dois times: pais contra padrastos. A partida foi marcada pela descontração e pela simbologia de união e superação.

Após o jogo,  todos se reuniram para um café da manhã simples, mas carregado de significado, embalado por música e conversas. Para muitos adolescentes e servidores presentes, o momento trouxe à tona histórias de ausência, dificuldades e desencontros familiares, mas também reforçou a crença de que é possível ressignificar e construir novas formas de amar e estar presente.

A diretora do CSIPRC, Kelma Silva, reforçou que o compromisso da unidade vai além das ações socioeducativas formais. “Este momento mostra que todos nós, servidores, exercemos papéis de referência na vida desses jovens. Cada gesto, cada palavra e cada exemplo contribui para a formação deles. O Dia dos Pais aqui é a celebração da possibilidade de perdoar, se reconciliar e inspirar”, garante.

Para os adolescentes é possível escolher ser diferente e transformar a própria história. “Mesmo com a ausência paterna, hoje no CSIPRC aprendi que é possível reconstruir os vínculos e torná-los mais fortes. Hoje foi um espaço de cuidado e aprendizado”, diz.