A Secretaria de Estado da Educação (Seed), por meio da Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), realizou nos dias 10 e 11 de julho uma formação para coordenadores de ensino. O evento, chamado ‘Recalculando a rota’, ocorreu no auditório do Centro de Excelência John Kennedy e contou com a realização de palestras e oficinas, a fim de aprimorar as atividades e práticas diversas a serem aplicadas nas escolas durante o segundo semestre letivo de 2025.
No primeiro dia de evento, os coordenadores pedagógicos tiveram a oportunidade de obter mais conhecimento sobre diversos temas, como o papel deles no monitoramento interventivo dos indicadores pedagógicos das escolas, o plano de intervenção nas turmas de risco e, também, sobre as portarias 4169/2025 e 4111/2025, que abordam, respectivamente, as diretrizes de funcionamento para o ano letivo atual e as normas e diretrizes para avaliação, promoção e recuperação.
“Todos os assuntos que foram abordados aqui são muito bons, e nos ajudam, justamente, a organizar o nosso planejamento com os professores. Ontem foi muito discutido sobre as provas do SAESE e SAEB, como a coordenação e a gestão poderão se organizar para esse segundo semestre, já que as provas serão realizadas no fim do ano”, comenta a coordenadora do Instituto de Educação Rui Barbosa (IERB), Cléssia Resende, a respeito dos aprendizados adquiridos no primeiro dia de evento.
Nesta sexta-feira, 11, a formação deu lugar à apresentação de temas muito relevantes no contexto educacional atual, com palestras que debateram o protocolo antirracista e o fluxo de utilização obrigatório nas escolas, seguida da educação especial e o fluxo de solicitações e atuação do Apoio I e Acompanhante Especializado na escola. Para concluir, foram realizadas oficinas, separadas por modalidades de ensino, para que os coordenadores pudessem pôr em prática os conhecimentos obtidos durante o evento.
Para a coordenadora pedagógica do Centro de Excelência Ministro Petrônio Portela, Jaci dos Santos, a formação contribui diretamente com o modo como algumas situações são abordadas nas escolas. “Na própria sociedade brasileira, nós temos um racismo que é considerado estrutural. Então, querendo ou não, apesar de todos os trabalhos que nós desenvolvemos, é preciso dar um reforço. Infelizmente nós detectamos na linguagem, no jeito de tratar, em piadinhas, que o racismo ainda exerce uma forte influência sobre os alunos, e que às vezes nem eles percebem. É fundamental que a escola promova esse tipo de trabalho para alertar e para suscitar uma reflexão e mudança de comportamento. E a educação é isso; é sempre diálogo, a construção de novas ideias e práticas para melhorar o ensino, e a educação antirracista e a inclusão são primordiais para a gente garantir os direitos humanos e o respeito”, expressa a coordenadora.
A diretora do Setor de Planejamento do Ensino da Diretoria de Educação de Aracaju (Seplen/DEA), Ana Cristina Dantas, compartilha sobre a decisão de realizar uma formação no meio do ano letivo.
“Essa demanda surgiu a partir do acompanhamento pedagógico que os técnicos realizam nas escolas. Durante o primeiro semestre, eles vão continuamente à escola, conversam com a equipe gestora, abrem os indicadores, estudam as turmas em riscos e pensam, juntos, em soluções ou ações para fazer a correção ou diminuição desses riscos. Essa caminhada possibilita que o técnico conheça a escola, as fragilidades da coordenação, e quando entramos nas férias escolares, os técnicos trazem essas demandas e a gente começa a planejar. O intuito principal dessa formação é, a partir do que foi observado no primeiro semestre e dos indicadores das escolas, nós traçarmos estratégias e tratarmos os pontos que precisam ser fortalecidos”, finaliza Ana Cristina.