A manhã desta quinta-feira, 10, foi marcada por aromas, cores, sabores e histórias na sede da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Agrese), onde aconteceu mais uma edição da Feira da Agricultura Familiar Itinerante, promovida pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic). O evento, que circula por diferentes órgãos do Governo de Sergipe, reúne pequenos produtores, artesãos e empreendedores da agricultura familiar, criando um espaço de geração de renda, valorização cultural e promoção da economia solidária.
A secretária da Assistência Social, Érica Mitidieri, destacou a importância da iniciativa. “A Feira da Agricultura Familiar é mais do que um espaço de comercialização. É um ambiente de fortalecimento da identidade, de estímulo à economia local e de reconhecimento das mãos que alimentam e embelezam nosso estado”, afirmou.
Identidade e ancestralidade
Entre as expositoras, a artesã Fran Martins, fundadora do projeto Araolá, que significa ‘moda alegre’ em iorubá, levou bijuterias feitas com búzios naturais, metais reaproveitados e muita ancestralidade.
“Minha arte é étnica, afirmativa, uma expressão da minha identidade afrodescendente. Comecei no artesanato há menos de um ano como forma de resgatar minha autoestima, depois de ficar desempregada. Encontrei nessa arte uma forma de reconstrução. A artesã também ressaltou o espaço da feira como um local de visibilidade para as produções”, relatou ela.
Ilram Carla Ribeiro levou mudas de plantas ornamentais, hortaliças e adubos naturais, todos produzidos no próprio quintal em Aracaju, no povoado Robalo. “Tudo que levamos à feira é feito com carinho e respeito à terra. Utilizamos restos de alimentos para produzir adubos, mostrando que é possível cuidar da natureza e ainda gerar renda. A feira nos dá visibilidade e é uma troca constante com o público, que aprende e ensina também”, explicou.
Entre os sabores marcantes da feira, estão os licores artesanais de Ana Alice Moreira, maturados por até seis meses, feitos com frutas da estação e receitas passadas por gerações. “Meu licor é um resgate ancestral. Aprendi com minha avó, que aprendeu com a mãe dela. É um produto vivo, sem validade, que vai ficando mais saboroso com o tempo”, contou.
Público valoriza
Entre o público, a diversidade de produtos chamou a atenção. Dilma Matos e Marileide Leite já conheciam a feira e celebraram a praticidade de ter os produtos perto do ambiente de trabalho. “É ótimo, diferente, e facilita muito. Dá pra comprar plantas, licores, comida típica, tudo num só lugar, sem precisar ir pra longe”, disseram.
Já as visitantes Ildete Santos e Cassilda Dantas destacaram a variedade de produtos: “O que a gente vê, a gente leva. Hoje foi o licorzinho, outro dia o beiju, e assim estamos sempre comprando”, comentaram animadas.