O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou nesta quarta-feira (9), a oficina “Autismo e o Cuidado em Rede de Atenção à Saúde”, no Edifício Almere, em São Luís. Com encerramento previsto para esta quinta-feira (10), a atividade busca fortalecer o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), qualificar profissionais da saúde e ampliar o debate sobre inclusão e neurodiversidade.

A iniciativa integra as ações de organização da rede de cuidados voltada à saúde mental e ao atendimento de pessoas com deficiência. Participam da oficina profissionais de saúde da Região Metropolitana (São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar).

A coordenadora de Atenção à Saúde Mental da SES, Paula Penha, destacou que essa iniciativa é fundamental para estruturar a rede de saúde. "Este evento qualifica a equipe da atenção primária e da especializada das duas redes de atenção, com foco no autismo, considerando que muitos dos serviços atendem essa demanda e precisamos organizar esse cuidado na lógica de rede", afirmou Paula.

O primeiro dia da oficina abordou a estrutura da rede de cuidados e promoveu discussões sobre a articulação entre a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD). Os participantes também analisaram os desafios no atendimento a pessoas com autismo e conheceram os serviços oferecidos pelo CAPS Infantojuvenil (CAPS IJ), pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER) e pela Equipe Multiprofissional de Saúde Mental (EMULTI), com ênfase nas abordagens terapêuticas e nos fluxos assistenciais.

Nesta quinta-feira (10), o conteúdo inclui aspectos clínicos e práticos do TEA, com exposições sobre diagnóstico, características e estratégias de cuidado. A programação destaca a Atenção Primária em Saúde como porta de entrada do atendimento e apresenta a construção do Plano Terapêutico Singular (PTS) e do cuidado compartilhado como estratégias fundamentais para o trabalho em rede.

TEA

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurológica que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Com manifestações variadas, exige abordagem individualizada. A oficina reforça a importância da qualificação dos profissionais e do fortalecimento da rede para garantir um atendimento mais eficaz e humanizado.