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Profissionais de saúde são capacitados para cuidado com crianças com alergia alimentar

Capacitação fortalece diagnóstico precoce e acompanhamento dos casos

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: Secom Sergipe
03/07/2025 às 14h50
Profissionais de saúde são capacitados para cuidado com crianças com alergia alimentar
Fotos: Nucom Funesa

Com foco no diagnóstico precoce e na qualificação da assistência prestada na rede pública, profissionais da saúde participaram, nesta quinta-feira, 3, de uma capacitação sobre alergia alimentar na infância. A ação foi promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), e reuniu pediatras, nutricionistas e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde e profissionais das maternidades de Nossa Senhora de Lourdes, a Maternidade Lourdes Nogueira e a Maternidade de Santa Isabel.

A formação abordou, principalmente, a alergia à proteína do leite de vaca, condição que exige atenção contínua da rede de Atenção Primária à Saúde (APS). A capacitação também teve como foco garantir que os profissionais saibam identificar sinais precoces da condição, acolher as famílias e realizar os devidos encaminhamentos para o Hospital Universitário (HU), referência no atendimento desses casos.

De acordo com a referência técnica em Doenças Crônicas Não Transmissíveis da SES, Janaina Noronha, o cuidado com a criança não se encerra no diagnóstico. “Nosso objetivo é qualificar os profissionais para o acompanhamento integral dessas crianças, especialmente após o atendimento no HU. Ao retornar ao seu município de origem, é fundamental que o acompanhamento pediátrico continue de forma segura e eficiente na Unidade Básica de Saúde (UBS)”, destaca. 

Segundo a coordenadora do Núcleo de Alergia Alimentar do HU, Jaqueline Mota Franco, o aumento da prevalência e da gravidade dos casos reforça a necessidade de ter profissionais capacitados na rede pública. “A alergia alimentar acomete de 8% a 10% da população mundial, principalmente em idade pediátrica. Ter uma equipe preparada faz toda a diferença no diagnóstico e no cuidado, evitando consequências graves decorrentes de erros ou ausência de diagnóstico”, explica. 

Ainda de acordo com Jaqueline Mota Franco, é importante compreender a diferença entre alergias e intolerâncias alimentares. “A alergia alimentar envolve resposta imunológica e pode causar sintomas como urticária, vômitos e anafilaxia. Já as intolerâncias, como à lactose ou ao glúten, estão relacionadas a deficiências enzimáticas e costumam provocar sintomas gastrointestinais”, pontua. 

Para o médico generalista Arthur Leão, a formação contribuiu para ampliar o olhar clínico sobre as queixas apresentadas pelos pacientes na rotina da atenção básica. “Essa capacitação abre nossa percepção. Passamos a compreender melhor os sintomas, identificar os casos suspeitos e, principalmente, saber para onde encaminhar. Isso nos dá mais segurança para oferecer um cuidado mais adequada. Na unidade onde atuo, em Rosário do Catete, especialmente entre os lactentes, recebemos muitas queixas relacionadas a sintomas respiratórios e gastrointestinais. A capacitação traz mais clareza sobre o que pode ser, de fato, uma alergia alimentar”, afirma. 

Para ter acesso ao atendimento especializado no HU, o pediatra da unidade básica pode elaborar um relatório e a família deve encaminhá-lo por e-mail para o endereço: alergiaalimentar.hu@ebserh.gov.br. O próprio responsável pela criança também pode entregar o documento presencialmente no Núcleo de Alergia Alimentar do Hospital Universitário, localizado na rua Cláudio Batista, no bairro Cidade Nova, s/n, em Aracaju.
 

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