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Rio Preto participa de Fórum de Experiências Inovadoras do Estado

Cidade apresentou trabalhos relacionados ao combate da dengue com as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs)

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: Prefeitura de Rio Preto - SP
26/06/2025 às 20h30
Rio Preto participa de Fórum de Experiências Inovadoras do Estado
Viviane Masitéli apresenta trabalho sobre as EDLs. Foto: Gabriela Gagige/Pref. Rio Preto

São José do Rio Preto foi uma das cidades escolhidas para se apresentar no Fórum de Experiências Exitosas em Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, realizada nesta quinta-feira, 26 de junho, no Parque Tecnológico. O evento é realizado anualmente e este ano teve como foco a Mitigação da Epidemia de Dengue de 2024/2025 e ações inovadoras.

O município apresentou dois trabalhos sobre o controle de vetores no município, com foco na resposta estratégica e a utilização de técnica inovadora frente à epidemia de dengue — as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs). Outros quatro municípios da região também apresentaram trabalhos: Catanduva, Mendonça, Guapiaçu e Votuporanga. 

O Fórum é um evento voltado ao compartilhamento de práticas e conhecimentos sobre prevenção e controle de doenças, tendo como objetivo a divulgação de ações inovadoras e eficazes implementadas em diferentes localidades do estado. Dessa forma, permite-se a troca de experiências e o aprimoramento contínuo das práticas de saúde pública.

Três municípios serão premiados em data oportuna pelo trabalho desenvolvido no combate à dengue. Os representantes da Secretaria de Saúde que se apresentaram no Fórum são: Viviane Sanches Masitéli, Gabriela Gagige, Luiz Alberto Feboli, Camila de Oliveira Santana e Andreia Francesli Negri, profissionais do setor da Vigilância em Saúde.

Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs)

A estratégia foi implementada em Rio Preto a partir de janeiro, com apoio da Fiocruz/Ministério da Saúde. Trata-se de um equipamento que contém água, onde é depositado um larvicida regulador de crescimento hormonal. Quando as fêmeas do mosquito Aedes depositam os ovos nas estações, elas se contaminam com o produto, levando-o a outros possíveis criadouros. O larvicida, por sua vez, compromete o desenvolvimento de novas larvas, impedindo que elas se tornem mosquitos.

Inicialmente, o Ministério da Saúde encaminhou ao município 3 mil EDLs — conhecidas como “armadilhas de mosquito”  — que foram implementadas em 13 áreas de abrangência com maior incidência de dengue. Posteriormente, no mês de abril, foram encaminhadas outras 3 mil armadilhas, que foram distribuídas em outras 16 áreas de abrangência do município, garantindo a cobertura total da cidade. 

As armadilhas foram instaladas pelos agentes de saúde em residências. Os profissionais foram capacitados para a instalação e manutenção mensal das estações, com troca da água e dos larvicidas. Dessa forma, o morador não precisa manusear o equipamento, embora deva manter os cuidados semanais para evitar focos do mosquito.

O Ministério da Saúde enviou o larvicida para utilização em seis meses. O município já solicitou a prorrogação para continuar utilizando a estratégia no próximo semestre.

Resposta estratégica

Além das EDLs, o município também teve a oportunidade de apresentar outras estratégias de combate à dengue, como: ações para bloqueio de controle de criadouro (BCC), nebulização costal e veicular, Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), mutirões aos sábados, intensificação da limpeza urbana pela Secretaria de Serviços Gerais, além do engajamento da sociedade para ações de mobilização. 

De janeiro a maio de 2025, foram realizadas 522.672 visitas domiciliares para combate à dengue, além de 15 ciclos da nebulização veicular.

Com as ações, o Índice Predial (I.P) — que mede a quantidade de imóveis com larvas — caiu de 6,2% em janeiro, para 2,4% em maio. Além disso, as notificações por dengue caíram 96,7% de janeiro a junho, evidenciando a efetividade das medidas adotadas.

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