A Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto registrou recentemente dois novos casos de furtos em unidades da rede municipal, que têm comprometido o funcionamento dos serviços de saúde e gerado prejuízos aos cofres públicos.
Na madrugada de sábado (21/6), a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vetorazzo sofreu o furto dos cabos de energia elétrica, provocando instabilidade no fornecimento de energia e na conexão da rede. A equipe de manutenção foi acionada e iniciou os reparos. Como medida preventiva, os imunobiológicos armazenados na unidade foram transferidos temporariamente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tangará, garantindo a preservação das vacinas e insumos. Apesar do incidente, a UBS Vetorazzo realizou atendimentos na manhã desta segunda-feira (23/6) e retomou o funcionamento total, incluindo a vacinação, ainda na hora do almoço.
No domingo (22/6), a UPA Jaguaré também foi alvo de vandalismo, com o furto de duas torneiras e da descarga do mictório do banheiro masculino da recepção. Os reparos foram realizados rapidamente. Ao longo deste ano, a unidade já havia registrado o furto de outras torneiras e até de uma cadeira de rodas. A UPA Norte também sofreu o furto de uma cadeira de rodas em 2025. No total, foram contabilizados cinco furtos envolvendo esses itens nas UPAs da cidade neste ano.
Entre janeiro e junho de 2025, a Secretaria de Saúde registrou 21 furtos ou tentativas de furto nas UBSs do município. A maior consequência desses crimes é a interrupção parcial dos serviços essenciais, como consultas médicas, atendimentos de enfermagem, realização de exames e vacinação. Em muitos casos, os furtos envolvem cabos de energia elétrica, comprometendo o funcionamento das unidades.
A UBS Anchieta, localizada na região central, é a mais afetada, com 9 ocorrências — o equivalente a 48% do total registrado no município. Em um dos casos mais graves, o furto dos cabos de entrada de energia deixou a unidade totalmente inoperante até a finalização dos reparos. O custo da reposição do material elétrico ultrapassou R$ 5.500, sem considerar mão de obra e prejuízos indiretos causados pela paralisação dos serviços.
Outras unidades com registros recorrentes de furtos são as UBSs Vetorazzo, Jardim Simões/Renascer e Eldorado. A análise por região administrativa mostra que a região Central concentra quase metade dos casos (48%), seguida pela Cidade da Criança, com 19%.
Os principais alvos dos criminosos são a fiação elétrica (11 ocorrências), torneiras (6), além de peças de ar-condicionado, luminárias, janelas e cadeiras de rodas. Os furtos frequentemente vêm acompanhados de danos estruturais, como portas arrombadas, telhas quebradas e forros danificados, o que amplia os prejuízos e dificulta a rápida retomada dos atendimentos.
Para conter os furtos, a Secretaria de Saúde intensificou a parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM), reforçando o patrulhamento nas unidades com maior número de ocorrências. Além disso, foram adotadas as seguintes medidas:
• Instalação de sensores de alarme e cercas elétricas;
• Proteção das caixas de fiação e reforço na iluminação externa;
• Colocação de grades nas janelas e proteção dos aparelhos de ar-condicionado;
• Contratação de vigilância noturna em unidades mais vulneráveis.
Nas UPAs, a segurança é realizada por equipes treinadas, que recebem orientações para intensificar a vigilância nos pontos mais sensíveis e acionar as autoridades sempre que identificarem situações suspeitas.
A Secretaria de Saúde reforça que esses furtos prejudicam diretamente a população, que muitas vezes encontra unidades fechadas ou com serviços comprometidos pela falta de infraestrutura adequada. Além dos prejuízos financeiros, há impacto na continuidade do atendimento.
A participação da comunidade é essencial: denúncias de atividades suspeitas às autoridades de segurança colaboram para preservar os equipamentos públicos e garantir a continuidade dos serviços essenciais de saúde.