O Instituto Água e Terra (IAT) organizou no domingo (1º) um novo mutirão de limpeza no Parque Estadual Pico Paraná, localizado nos municípios de Campina Grande do Sul e Antonina. Voluntários e técnicos da instituição recolheram, durante a ação, entre cerca de 15 quilos de lixo, como papel higiênico, lenço umedecido, absorventes femininos e até uma seringa. Na primeira expedição, em maio, foram encontrados 25 quilos de resíduos sólidos . O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

A ação ocorreu no Pico Camapuã e na sua trilha de acesso, como parte da comemoração da Semana do Meio Ambiente . Segundo a chefe responsável pela Unidade de Conservação (UC), Marina Gomes Rampim, mais do que a coleta em si, o mutirão teve como objetivo principal incentivar ações de educação ambiental.

“O que precisamos mesmo é conscientizar as pessoas de que é importante conservar, de que na montanha nada se tira e nada se deixa. É uma visitação de mínimo impacto, uma unidade de proteção integral”, destaca.

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Para ela, a pequena quantidade de resíduos encontrado no local se deve, especialmente, à divulgação do mutirão. “Chegamos na montanha e tinha bastante gente que estava sabendo da ação, que saiu fazendo a limpeza por conta própria, colaborou mesmo não estando no grupo oficial com os demais voluntários”, afirma.

A técnica ressalta que o lixo orgânico tem impacto bastante negativo na montanha, levando anos para decomposição. “Além disso, no caso de resíduos orgânicos, as pessoas podem levar substâncias que não pertencem àquele local, como agrotóxicos e espécies exóticas”, diz.

Para visitar a UC, Marina diz que é fundamental buscar informações com antecedência. O site Instituto Água e Terra reúne orientações, facilitando o planejamento, o que garante uma experiência segura e ao turismo. “O parque é nosso, o parque é para a população. O Estado faz a gestão, mas cabe a todos cuidar desse tão importante patrimônio natural do Paraná”, afirma.

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PICO PARANÁ – O Parque Estadual Pico Paraná é um complexo ambiental que abriga o maior pico da região Sul do País, com 1.877,39 metros de altitude, e faz a fama de aventureiros e montanhistas. A UC possui cinco picos e um morro que, para serem alcançados, precisam de uma caminhada que varia entre 3,5 km a 10 km.

O parque abriga uma grande diversidade de fauna e flora nativas. A floresta é formada por arbustos, xaxins, trepadeiras, bromélias, orquídeas e samambaias, que convivem com árvores de mais de 30 metros de altura como o cedro, a canjarana, a figueira-branca, a canela-preta e o sassafrás. Também é possível encontrar mais de 71 espécies de animais, como bugios, serelepes, pacas, ouriços, quatis, cutias e jaguatiricas, além da onça-pintada e da suçuarana, ameaçadas de extinção.