O Centro de Excelência Nelson Mandela, em Aracaju, realizará na próxima sexta-feira, 30, oficinas afrodiaspóricas para estudantes, professores e comunidade escolar. A iniciativa faz parte do projeto ‘Alma Africana’, iniciado há 20 anos, para refletir, discutir e combater o racismo dentro e fora das salas de aula. O evento irá contar com a presença de aproximadamente 500 pessoas, entre alunos, professores e comunidade escolar, e consiste em dialogar sobre conteúdo do afrodiasporismo, ou seja, tudo que esteja ligado à dispersão das populações africanas pelo mundo, principalmente, relacionada à chegada de africanos ao Brasil.
A oficina está inclusa nas 13 ações realizadas de fevereiro a novembro dentro da comunidade escolar e é denominada ‘Formação para as Diferenças’, um componente do projeto ‘Alma Africana’, desenvolvido pelo professor Evanilson Tavares. Nele, os alunos participam de rodas de conversa, oficinas e atividades que envolvem a cultura antirracista, antimisógena e antilgbtfóbica, como pontua o professor.
Subtitulada ‘Oficinas Afrodiaspóricas: (Re) Conhecendo para esgarçar a colonialidade do currículo’, estudantes, professores e comunidade escolar irão escolher uma entre as 12 oficinas que estarão ocorrendo simultaneamente na escola. Entre elas, serão desenvolvidas oficinas de hip-hop, maracatu, capoeira, dança afro, samba, confecção de bijuterias com miçangas, turbantes, máscaras africanas, entre outras.
A oficina visa transmitir mais conhecimento para os estudantes sobre o combate ao racismo ainda existente. “É conhecer e reconhecer as práticas afrodiaspóricas, potencializando essas práticas, as formas de vida que as mantêm vivas e combater, evidentemente, esse racismo histórico e estrutural”, afirma Evanilson.
Alma Africana
O projeto ‘Alma Africana’ teve início em 2005, na Escola Estadual Professor Benedito Oliveira, com o objetivo de promover a cidadania e a cultura afro-brasileira. Com diversas ações, como o Seminário de Cidadania Ativa e a Antologia Poética, o projeto se expandiu em 2009 no Centro de Excelência John Kennedy, incorporando atividades como vivências em quilombos e o Grupo Parla Cênico de Teatro. Atualmente, as ações são realizadas no Centro de Excelência Nelson Mandela, também em Aracaju, onde os alunos participam ao longo do ano de atividades que potencializam a luta contra o racismo nos dias atuais.