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Profissionais atuam para garantir direitos para os mais vulneráveis

Perceber ecombater desigualdades sociaisnorteiam a profissão daassistente socialNayara Vaz, de 32 anos. Ela atua na Unidade de Pronto Atendimento (...

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: Agência Belém
15/05/2025 às 10h10
Profissionais atuam para garantir direitos para os mais vulneráveis
Foto: Jader Paes

Perceber ecombater desigualdades sociaisnorteiam a profissão daassistente socialNayara Vaz, de 32 anos. Ela atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta há quatro anos e avalia que o assistente social é imprescindível no local, já que “é um profissional múltiplo, possui uma formação bastante crítica e consegue perceber problemas que não estão aparentes para outras profissões”. 

“Quem pensa que aparecem na UPA apenas pessoas que estão doentes fisicamente, está enganado. Aparecem pessoas com doenças mentais, em situação de rua, idosos abandonados ou que estão perdidos da família, mulheres que sofrem violência doméstica, e é o papel do assistente social entrar nesse circuito,explicar as garantias e direitos que essas pessoas possuem e encaminhar cada situação aos órgãos responsáveis”, pontua Nayara.  

Nesta quinta-feira,15 de maio, celebra-se oDia do Assistente Social. A data foi escolhida em referência ao decreto que regulamentou a profissão, em 15 de maio de 1962. Este ano, o tema escolhido para a comemoração é “Serviço Social na luta por justiça ambiental para a diversidade de povos e biomas”. A intenção é provocar reflexões sobre questões ambientais e sua relação com as desigualdades sociais.

O Serviço Social, como profissão comprometida com apromoção dos direitos humanos e da justiça social, reconhece que osimpactos ambientais afetam, de maneira desproporcional, as populações mais vulneráveis, como povosindígenas, comunidades quilombolas, ribeirinhas e periféricas

A escolha do tema para celebrar o Dia do Assistente Social estáalinhada às discussões da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, que será realizada em Belém, no mês de novembro, para debater como as mudanças climáticas e ambientais prejudicam os povos de todo o mundo e propor medidas para resolver o problema.

Atualmente, a Prefeitura de Belém conta com294 profissionais assistentes sociais efetivos, que atuam em órgãos como Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semec), Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), entre outras. 

O lema que permeia a profissão de Serviço Social é promover a justiça e assegurar osdireitos das populações mais vulneráveis. Essa luta pode ser exercida em várias frentes. A assistente social Ângela Parlardin, por exemplo, é diretora de departamento social da Sehab, e trabalha para promover o acesso de famílias vulneráveis a moradias dignas. “O assistente social analisa o déficit habitacional, traça o perfil das famílias e avalia quem tem maior ou menor necessidade de acesso ao programa”, explica.

Segundo Parlandin, a Sehab conta com cinco assistentes sociais que realizamvisitas domiciliaresaos já beneficiados pelo programa habitacional,acompanhamento social das famílias, promoção depalestras sobre regras de convivênciaentre vizinhos, entre outras atividades. “Nosso trabalho é baseado na legislação específica que orienta a atuação do assistente social naspolíticas de habitação. Atuamos desde a seleção até o acompanhamento das famílias que já residem nos empreendimentos”, completa a diretora. 

Entre as atribuições do assistente social estão o planejamento, a implementação, o acompanhamento e a avaliação de políticas públicas para combater a falta de moradia, o desemprego, a violência, dificuldades no acesso à saúde e à educação, entre outras questões sociais.

“Eu escolhi essa profissão porque sempre me incomodoua pobreza, a desigualdade social”, explica a chefe de gabinete da Funpapa, Sandra Valente. A assistente social é servidora do município há 30 anos, e já participou na elaboração de vários projetos, como a implantação do “espaço de acolhimento para mulheres vítimas de violência e ameaçadas de morte, chamado ‘Emanuele Rendeiro Diniz’, em 1997. "Trabalhei no Cras com adolescentes vítimas de violência, entre tantos outros lugares no município”, explica. 

Com tanta experiência na profissão, Sandra ressalta que um dos desafios ainda por vencer é fortalecer a rede dos assistentes sociais. “Às vezes nós recebemos um problema, que é responsabilidade de outro profissional, e acontece dessa pessoa demorar a responder, por exemplo. E é isso que precisamos, que nos unamos mais, como uma rede mesmo, para que um saiba o que está acontecendo no trabalho do outro”, opina.     

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