O Núcleo de Atendimento Especializado para Alunos do Espectro Autista (Naetea) realizou, nesta quinta-feira (8), a primeira terapia coletiva voltada para mães e pais atípicas que frequentam a instituição. A ação é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Marabá com as instituições de ensino superior Faculdade Anhanguera e Carajás.
A primeira-dama e psicóloga, Lanuzia Lobo, esclareceu que a terapia, principalmente com as mães, é preciso, já que vai trabalhar a saúde mental dos responsáveis que, às vezes, não têm o apoio e acolhimento necessário na criação dos filhos com espectro autista.
“A psicoterapia com as mães tem essa função de fazer com que elas possam vir aqui, que possam colocar suas questões e suas dores, partilhar, ver que existem outras pessoas que passam por dificuldades. Às vezes, fazer uma troca de experiências e, principalmente, ter um espaço em que elas possam ser acolhidas, é importante para que elas possam ter espaço para poder apoiar as suas crianças e os seus adolescentes”, destacou.
Núcia Rodrigues, coordenadora do Naetea, conta que essa iniciativa foi provocada diante da demanda pelo o apoio psicológico. Atualmente, é um grupo com 15 mães, mas a meta é ampliar esse número para atender o maior público possível.
“É essencial para o desenvolvimento das crianças, porque se uma pessoa está mentalmente doente, ela não consegue cuidar dos seus filhos, não consegue ter uma vida fora do ambiente familiar, social. Então é comprovadamente por pesquisar que quando as pessoas estão com a saúde mental em dia, elas conseguem melhorar todas as áreas da sua vida, seja emocional, financeira, social. Então é muito importante esse momento”, afirma.
Jhulyane Lima, autônoma e mãe atípica, relata que ser mãe nessa condição requer bastante esforço, causando desgaste físico e mental. Com as reuniões de apoio, essa situação tende a melhorar porque o contato e convívio com outras responsáveis, “é uma força muito grande e um suporte também muito maior, para que a gente possa cuidar bem dos nossos filhos. O que estão fazendo é muito importante para nós mães atípicas”.
Para as alunas de psicologia da faculdades conveniadas, como explica a aluna Ana Clara Cota, colocar em prática os conhecimentos vistos em sala de aula é necessário para o crescimento profissional.
“Hoje, a gente teve o nosso primeiro encontro e foi um encontro super emocionante, a gente vê a importância mesmo desse olhar para o cuidador, para as mães, para os pais presentes e o quanto eles precisam. E essa prática da técnica que a gente aprendeu por tantos anos e é cada dia um aprendizado novo é é experienciar mesmo uma coisa incrível”, reiterou.
As reuniões são realizadas a cada 15 dias, das 08h30 às 11h30, no prédio do Naetea, na Marabá Pioneira, e o público-alvo não se restringe apenas às mães, mas a todos que precisam ser ouvidos quando se trata nos cuidados da criação de crianças autistas.
Texto: Kauã Fhillipe
Fotos: Derik Lopes
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