Mesmo após o fim da intensificação do inverno amazônico, chuvas esporádicas podem cair em Marabá, acumulando água parada em objetos nos quintais dos lares e consequentemente, atraindo mosquitos – como o causador da dengue e chikungunya – virando foco de larvas dos mesmo. E fazer o levantamento da infestação desses insetos, é o trabalho dos Agentes de Combate às Endemias (ACE), que mais uma vez estão fazendo vistorias nos bairros da cidade.
Bimestralmente, é realizado o LIRAa ((Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), com o foco na prevenção e combate do mosquito transmissor, onde os ACE passam durante uma semana nas casas realizando inspeções e dando dicas aos moradores em relação às práticas de cuidados a água parada. Os agentes são separados em grupos, atendendo todos os núcleos marabaenses, das 8h às 12h e de 14h às 18h.
Bruno Anchieta, coordenador Vigilância Ambiental e Endemias, detalha mais sobre a dinâmica destas visitas, explicando que os agentes recolhem larvas em frascos que são encaminhadas ao Laboratório de Entomologia, onde é feita a análise clínica e identificação de qual espécie cada larva pertence. A partir desta coleta de dados e do reconhecimento, é traçado estratégias juntamente com setores competentes da Secretaria Municipal de Saúde.
“Então, primeiro a gente trabalha com essa questão do bloqueio, do esvaziamento de águas paradas, fazendo as orientações aos moradores, e em seguida a gente entra como o controle químico, a fumacê, caso necessário”. O coordenador também pontua que, com base no último levantamento, Marabá está em médio risco e busca implementar novas estratégias no combate dos focos de dengue.
Valcione Veraz, é um dos agentes escalados para visitas no bairro Novo Horizonte, e conta mais dos desafios que é atender as residências como moradores que não recebem os ACE de maneira apropriada ou não permitem a entrada dos especialistas. O agente ainda pede a cooperação da população, estimulando que os mesmo realizem limpezas constantes em suas casas, evitando o acúmulo de água parada.
“A gente faz essa orientação pro morador e pede o apoio e a colaboração, nós estamos unidos, não é só os agentes de endemias, mas é toda a população unida no combate esse mosquito”.
A promotora de eventos, Lizete Zen, conta que em sua residência sempre cuida para que não haja água parada, com estratégias de não acumular em plantas e fazer uso de água sanitária. Ela ainda avalia como positivo o trabalho realizado pelos os agentes de saúde, e segundo ela, sempre colabora nas visitas, porém lamenta que exista vizinhos que sentem receio ao permitir a entrada de “estranhos” em suas casas.
“Essa questão da segurança que é difícil porque é um bairro que é pouco movimentado em questão de pedestres e tudo, então o pessoal tem medo de abrir suas portas”.
A dona de casa, Francisca Costa, celebra o trabalho feito pelos técnicos e reforça que é importante que haja mais visitas domiciliares cuidando da saúde da comunidade.
“Eu acho um trabalho maravilhoso. Muito bom, ter essas visitas”.
A prevenção e combate de doenças virais é um dos compromissos da SMS, mas é de extrema importância que toda a população contribua com o trabalho dos ACE, seja permitindo a entrada dos especialistas em suas moradias, seja evitando o acúmulo de água parada em pneus, plantas e outros tipos de depósito. Em caso de suspeita de dengue, chikungunya ou quaisquer sintomas de doenças virais, procure uma Unidade Básica de Saúde mais perto da sua residência.
Texto: Kauã Fhillipe
Fotos: Paulo Sérgio
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