A bancária Alcione Rodrigues, 36 anos, há cerca de cinco anos possui o costume deseparar os resíduos orgânicos dos resíduos recicláveis. “Desde a pandemia eu criei o hábito de separar. Eu sempre quis, só que eu não tinha muito tempo, aí na pandemia eu estava em casa o tempo todo e criei o hábito de separar. Agora eu sempre separo. Não tem desculpa para não fazer”, conta.
Funcionária de um banco em frente à Praça da República, no bairro da Campina, em Belém, Alcione fez questão de levar, antes do expediente, todo o material reciclável que havia separado em casa para descartar corretamente. Ela comemorou o fato da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), ter instalado na praça doisLEVs, Locais de Entrega Voluntária.
“É uma medida maravilhosa porque a gente precisa de mais pontos como esse. Nem todos os condomínios têm coleta seletiva, né? Lá no meu condomínio tinha e aí a empresa parou de ir. Hoje em dia, eu sempre levava para o Castanheira, que tem um ecoponto, mas é muito distante da minha casa”, relata a bancária, que mora no bairro Umarizal.
Os LEVs são grandes contentores de materiais recicláveis, comcapacidade para 600kgcada, que a população já tem à disposição na capital paraense.Nos recipientes é possível descartar os seguintes materiais:
O material recolhido serádestinado às cooperativas de reciclagemparceiras da Prefeitura de Belém. “É uma ferramenta importantíssima para que a população entenda a importância da coletiva com o trabalho das cooperativas de catadores. Essa ferramenta é justamente o pessoal armazenar o material já reciclado, trazer ele limpo para que esse material seja encaminhado para as cooperativas e seja reaproveitado. É fundamental que cada cidadão tenha essa compreensão e colabore com essa ação da Prefeitura de Belém”, opina Jonas de Jesus, presidente da cooperativa Central da Amazônia.
Durante as primeiras semanas,educadores ambientais estarão em cada um dos pontos onde os recipientes serão instalados no intuito de orientar a população do que pode ou não ser despejado nos equipamentos. “Vamos estar aqui todos os dias, inclusive sábado e domingo, para poder conscientizar a população, ou melhor, sensibilizar a população de como usar esse container, que não é qualquer tipo de lixo que tem que ser depositado, só recicláveis”, afirma Rubens Furtado, agente de educação ambiental da Sezel há 24 anos.
“A questão da situação do lixo é de muitos anos, de muitas gestões anteriores. A atual gestão veio para fazer a diferença. Isso, claro, tem que trabalhar com os servidores, os munícipes. E toda a população trabalhar junto”, completa. Antes de descartar, a equipe daSezel orienta que as embalagens estejam limpas e vazias, sem fagulhas de materiais organicos. A limpeza dos materiais ajuda na segurança dos catadores que vão manipular os recicláveis, pois evita a atração de vetores.