Parabéns ao Dr. Valdir Rosado e a todos os obstetras pelo carinho às pacientes e aos recém-nascidos em momentos tão importantes como gestação e parto
No dia 12 de abril é comemorado o Dia do Obstetra, palavra que por sinal tem um significado muito especial. Ela é originária do latim obstetrix, que significa “ficar ao lado de”, e é exatamente isso que esse profissional faz. É uma especialidade da medicina dedicada à reprodução da mulher, que cuida de sua saúde durante a gestação, parto e também no puerpério, proporcionando qualidade de vida e segurança às pacientes.
Hoje vamos conhecer um pouco da história de um desses médicos que atuam na principal maternidade do município de Marabá, o Hospital Materno Infantil (HMI). Ele é o Dr. Valdir Rosado, que nasceu em Água Azul do Norte, na região sul-sudeste paraense, onde passou toda a sua infância e adolescência e desde cedo já demonstrava uma inclinação pela medicina, pois como ele mesmo diz, sempre teve paixão por cuidar.
“Eu sou o primeiro médico da família. Desde criança eu tenho paixão por cuidado mesmo. Os bichinhos que minha mãe tinha em casa, quando tinha algum doente, alguma coisa, eu queria entender como é que funcionava ali, queria ajudar naquela parte. E, desde sempre, eu entendia que o cuidado era uma questão que eu queria fazer e acabei trilhando o caminho da medicina”, conta.
No final da adolescência, Valdir saiu para estudar fora de sua cidade natal e acabou passando em Medicina numa faculdade de Presidente Prudente, no estado de São Paulo, onde participou de várias frentes de estudos e percebeu que a obstetrícia o atraía.
“Quando você entra na faculdade, as coisas estão um pouco nebulosas ainda para que caminho você quer seguir. São muitas especialidades, muitas matérias. Existem as ligas de estudo, onde nos reunimos em grupos e estudamos o que acaba atraindo mais naquele momento. Eu acabei entrando na liga de necrologia e obstetrícia e na liga de pediatria e acabei entendendo que eu queria alguma coisa que unisse cirurgia e clínica, e a gente consegue fazer muito isso na obstetrícia. Tem muita parte de cirurgia, muita parte de clínica, de acompanhamento da mulher durante a sua vida, e isso acabou me levando à escolha da especialidade”, destaca.
A paixão pela obstetrícia veio mais forte ainda quando escutou os primeiros corações batendo nas barrigas das gestantes que aguardavam o momento tão esperado do nascimento do seu bebê. “Fazendo a ausculta cardíaca fetal, a gente começa a gostar, começa a ir pra prática, isso é uma questão que acaba sendo cada vez mais apaixonante e a partir do momento que você começa, faz seu primeiro parto, vê ali a alegria das famílias em relação ao nascimento, em relação a um sonho que está sendo realizado, eu gosto. É super corrido, é muita dedicação, é em tempo integral, mas a gente acaba se apaixonando mais a cada dia”, revela.
Com oito anos de formado e especializado também em Medicina da Família, o médico atua dentro do HMI há três anos, em regime de plantões de seis ou 12 horas. Ele relata que os momentos mais marcantes são aqueles em que os bebês acabam tendo que nascer mais cedo, ou seja, prematuros. “Nesses casos, em sua maioria, são aquelas gestações de alto risco, ou em que a paciente já tinha um diagnóstico anterior de uma hipertensão, de uma pré-eclâmpsia, e acaba que piora o caso e tem que nascer muito antes do período correto de nascimento. O período correto de nascimento seria por volta de 40 semanas, mas quando a gente tem esses nenéns prematuros mais extremos, de 28 a 32 semanas, tem que ficar um grande período na UTI, mas são aqueles bebês também que normalmente acabam fazendo a maior diferença, pois o bebê acaba indo para a UTI, tendo os cuidados ali, e a mãe e o bebê ficando bem”, informa.
Ele lembra ainda de um caso que havia acontecido há alguns dias e que foi muito difícil, mas graças à agilidade da equipe, o bebê e a mãe foram salvos. “Chegou aqui uma paciente que veio de São Geraldo, chegou já com duas, três horas de descolamento, a gente conseguiu rapidamente fazer a cirurgia, o bebê nasceu bem, a paciente, apesar do útero já estar um pouquinho infiltrado e tudo, a paciente ficou bem também. A gente teve um salvamento de duas vidas, então são casos de questões muito agudas, que as cirurgias têm que ser realizadas muito rapidamente, senão a gente pode perder tanto a mãe como o bebê e em muitos casos a gente consegue fazer isso, isso acontece diariamente nos plantões obstétricos”, fundamenta.
Definindo a obstetrícia, Valdir afirma que é onde se une ciência, humanidade e personalização. “Apesar de você estudar, ir para o livro, para os artigos, você entende o que é a obstetrícia e qual é o seu papel ali, na prática, cada paciente tem sua própria história, tem os seus próprios sentimentos, ela lida de forma diferente, tanto com a gestação, quanto com o parto e também no pós-parto. Então, a gente conseguir fazer essa união entre a ciência, a humanidade e a personalização, eu acho que é a questão mais importante do obstetra”, enfatiza.
O diretor do Hospital, Fábio Farias, deixa uma mensagem especial para todos os obstetras.
“Parabéns a todos os obstetras pelo seu dia! Profissionais com uma missão importantíssima de trazer ao mundo os bebês, preservando a saúde tanto das mães como dos seus filhos. Profissionais que batalham uma luta diária para trazer alegria às famílias, muitas vezes em condições adversas, onde nada pode dar errado. Minha homenagem e reconhecimento a esses homens e mulheres obstetras, que têm sua própria família, mas não poupam esforços para tornar o atendimento à gestante mais humano e seguro”.
Saiba mais
Com uma equipe formada por 17 médicos obstetras e enfermeiros obstetras, somente no HMI são realizados uma média 450 partos por mês, podendo chegar a um número maior. Segundo Valdir, são cerca de 15 partos por dia.
Primeiro, a gestante chega ao acolhimento, que é o local onde ela é atendida. Quando ela tem alguma queixa, ela nota alguma mudança, ela pode se dirigir ao hospital. Depois de passar por uma triagem feita pela enfermagem, o obstetra atende essa paciente, faz uma anamnese, faz o diagnóstico e a encaminha a um tratamento medicamentoso, em casa ou a uma internação hospitalar.
O Centro Obstétrico é o setor onde as pacientes entram para ter os seus filhos, seja tanto parto normal quanto o parto cesariano. Valdir explica que no parto normal eles fazem toda a assistência durante o período do plantão.
“Independentemente da quantidade de tempo que ela fica para o parto, damos toda a assistência necessária. Normalmente a gente precisa de um tempo de jejum dessa paciente, a gente faz a cirurgia e faz o cuidado pós-cirúrgico imediato também”, elucida.
O hospital é um centro de urgências para essas gestantes. No caso do pré-natal, planejamento familiar, contracepção, medicações e investigações em relação às pacientes que querem ter filhos são feitos nas Unidades Básicas de Saúde. “A paciente vem para o hospital para ter o bebê ou em casos de urgências, como uma dor aguda, um sangramento ou o bebê não está se mexendo. Então nesses casos, vem para o hospital para ter o bebê”, finaliza.
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Lúcio Silva e Arquivo
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