Encerrou hoje a 7ª etapa da Operação Mute em todo o país, e o estado do Pará mais uma se destaca pelo sucesso alcançado durante os três dias de ações realizadas em 54 unidades prisionais paraenses. Nos três dias de ações realizadas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), nenhum tipo de material irregular foi localizado durante as revistas realizadas nos presídios estaduais. Os rigorosos procedimentos de segurança adotados pela secretaria são apontados como o principal fator de sucesso em coibir a entrada de materiais ilícitos nas casas penais.
O secretário da Seap, Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues, é enfático em estabelecer como fatores primordiais dos excelentes resultados alcançados pela Seap no Pará a adoção dos procedimentos de segurança e a forte e constante atuação dos servidores da secretaria no estado.
“O que temos preconizado desde a criação da Seap, em 2019, com a adoção do Manual de Procedimentos, e os investimentos do Governo do Estado na estrutura e formação dos nossos policiais penais, e demais servidores, tem sido fundamentais para alcançarmos esse controle de nossas unidades carcerárias”, afirma.
Para o titular da Secretaria, a atuação conjunta das forças especiais da secretaria, que envolve além dos policiais penais de cada casa penal, o Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e o Grupo de Busca e Recaptura (GBR), também são pontos importantes para manter o controle das casas penais.
“A presença das forças especiais e dos nossos policiais penais representam a força e a presença do Estado, demonstrando o total controle sobre as unidades penais através de um rigoroso e constante modelo de segurança, o uso da inteligência e da segurança aproximada. São esses fatores que tem trazido os resultados positivos que nossa secretaria apresenta a cada operação que desenvolvemos, tanto no âmbito regional quanto nacionalmente”, garante o Cel QOP Sirotheau.
No Pará, a 7ª fase da Mute teve início na quarta-feira (19), na maior unidade prisional da região, o Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Ontem e hoje as ações se concentraram nas demais unidades da Região Metropolitana de Belém e nas existentes no interior do estado.
A nova fase da operação envolveu mais de 20 mil agentes de segurança de todo o país, abrangendo a revista de mais de 400 mil pessoas privadas de liberdade. A Operação Mute é planejada e executada pela Coordenação de Projetos e Inovação – Copiin/Dipen/Senappen e agências de inteligência das polícias penais dos estados envolvidos na operação. Em cada estado envolvido, a Secretaria Nacional envia um policial penal federal para acompanhar e supervisionar as ações.
Segurança -O diretor da Unidade de Custódia e Reinserção de Mosqueiro (UCR Mosqueiro), distrito do município de Belém, a Seap é hoje um exemplo a ser seguido no controle das unidades penais no Brasil.
“É uma revista geral em todas as unidades, que acontece simultaneamente em todo o Brasil, e nós da Seap estamos participando desse evento tão importante para manter a ordem, disciplina e segurança nas unidades penais do Estado. A missão foi perfeita, completa, onde nos dá tranquilidade e segurança para trabalhar no dia a dia, que todos sabem que não é fácil, mas estando com segurança e a ordem e a disciplina mantidas, sem a entrada de objetos não autorizados, isso deixa todo mundo mais tranquilo e seguro para trabalhar”, declarou o diretor da UCR de Mosqueiro.
A gerente de segurança da Unidade de Custodia e Reinserção de Ananindeua (UCR Ananindeua), policial penal Bueno, destacou que a operação coordenada pela Senappen é muito importante para o combate à criminalidade, pois o objetivo de cortar a comunicação da pessoa privada de liberdade com o mundo externo reflete diretamente na segurança da população.
“Estamos na sétima edição da Operação Mute, e pela sétima vez nenhum aparelho de celular foi encontrado nas unidades prisionais do estado do Pará. Isso confirma que os protocolos de segurança adotados pela Seap do Pará estão garantindo o controle do sistema carcerário”, concluiu a gerente de segurança.
O objetivo central da operação coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) é combater a comunicação ilícita do crime organizado através do uso de aparelhos celulares irregulares nos presídios brasileiros. Em suas seis fases anteriores da Mute, realizadas entre 2023 e final de 2024, de acordo com a Senappen, foram apreendidos e retirados de circulação, 5.380 aparelhos celulares, além de objetos perfurocortantes e drogas em todo o Brasil.
Texto: Márcio Sousa/NCS Seap Pará