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Aula inaugural da Uati reúne bom público no auditório da UEPG

Foto: Reprodução/UEPG O slogan “A UEPG é pra você” faz ainda mais sentido quando falamos da Universidade Aberta da Terceira Idade (Uati). Desde as...

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: UEPG
20/03/2025 às 17h30
Aula inaugural da Uati reúne bom público no auditório da UEPG
Foto: Reprodução/UEPG

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O slogan “A UEPG é pra você” faz ainda mais sentido quando falamos da Universidade Aberta da Terceira Idade (Uati). Desde as crianças do Caic, passando pelos adolescentes do Colégio Agrícola Agrícola (Caar), os alunos universitários de graduação e pós-graduação, até os idosos da Uati. Na última segunda-feira (17), foi realizada no auditório do Campus Centro da UEPG a aula inaugural com a presença dos calouros e também dos veteranos que fazem parte da Universidade da Terceira Idade.

Quem coordena a Uati-UEPG é a professora Rita de Cássia da Silva Oliveira. Segundo ela, o trabalho desenvolvido é essencialmente educativo, mas com uma concepção ampliada de educação. “Uma educação não formal voltada para a elevação da autoestima do idoso, além de oferecer conhecimentos, atualizações e informações que sejam úteis para cada vez mais estarem incluídos na sociedade. A pessoa idosa precisa se sentir um cidadão útil e participativo”.

Ela disse ainda que a Uati é importante porque promove relações interpessoais e a inclusão da pessoa idosa no contexto social. “Isso pode ser comprovado pelo grande número de alunos que entram todos os anos Inclusive com lista de espera para a próxima turma em 2026”, destaca a professora Rita.

Você conhece a Uati-UEPG?

Foto: Reprodução/UEPG
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A turma de 2025 conta com 85 idosos. Esse número elevado foi possível devido a utilização de uma sala maior no Campus Centro que comporta essa quantidade de alunos. Ao todo, são 24 disciplinas ofertadas com três novidades: fotografia, carpoterapia e círculo de leitura.

As aulas da Uati possuem carga horária de 30 horas com conteúdo teórico e na maior parte das vezes práticos. São realizadas diversas atividades interativas como passeios, visitas culturais, piqueniques, caminhadas, gincanas, viagens dentro e fora do Paraná, confraternizações, entre outras.

“Fazemos ao longo do ano no mínimo quatro festas. A primeira é a dos calouros, com a recepção dos novos alunos. A segunda é a junina, na metade do ano. Após o recesso, conforme calendário da UEPG, fazemos alguma festa temática como da primavera, Halloween, tropical, sendo decidida mais próximo do evento. Por fim, a festa de encerramento do ano que normalmente é natalina”, afirma a coordenadora da Uati.

Além disso, segundo a professora Rita, o mês de outubro é bastante comemorado, por fazer referência à pessoa idosa. Entre os eventos está o Baile de Debutantes, que está em sua terceira edição. Neste período também acontece o encontro dos alunos da terceira idade das instituições públicas do Paraná em Pontal do Paraná.

Foto: Reprodução/UEPG
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Calouras animadas com o início da turma

Sabe aquele “friozinho” na barriga antes de começar as aulas? Pessoas novas, lugar diferente… Na Uati também é assim! A caloura Delci Maria Bonato disse que já conhecia as atividades, mas nunca participou. “Conheço muita gente que participa e todos dizem que é muito bom. Espero fazer coisas diferentes, trabalhar em grupos, participar, aprender coisas diferentes, fazer aula de pilates, que é bom para a coluna”, destaca.

Jane Vasconcelos também é caloura, mas não conhecia muito sobre a Uati. Ela disse que ficou sabendo da formação dessa turma e decidiu participar. “A minha expectativa é resgatar a minha dignidade, conhecer pessoas, interagir. Há muitos anos sendo boicotada por muita coisa. Viver novamente. Quero participar dos jantes, festas, bailes, realmente interagir com outras pessoas”.

Foto: Reprodução/UEPG
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A professora Rita endossa essas expectativas, pois, para ela, é preciso buscar uma mudança no paradigma da velhice. “A longevidade é um fenômeno posto e, sendo assim, o idoso é um cidadão que tem direito à educação e os demais direitos que são previstos pela Constituição”. Para ela, todos te, que oportunizar esse espaço de educação. relações intergeracionais, ampliação do círculo de amizades, convivência, lazer, para que o idoso possa realmente se sentir incluído e participativo da sociedade que pertence.

“Chegar à velhice com qualidade de vida é uma dádiva e não basta apenas querer, precisa se preparar para que isso seja possível. Então precisamos de uma sociedade que respeite a pessoa idosa mas, o idoso também tem que lutar para que isto se efetive”, finaliza a professora Rita.

Texto e fotos: Tierri Angeluci

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