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Antônio Pereira fala sobre conflito em Vila Nova dos Martírios

Trata-se do conflito no assentamento Sapucaia, envolvendo agricultores e a empresa Suzano Papel e Celulose

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: ALEMA
12/03/2025 às 20h40
Antônio Pereira fala sobre conflito em Vila Nova dos Martírios
Deputado Antônio Pereira fez pronunciamento falando sobre conflito agrário em Imperatriz

Agência

Na sessão plenária desta quarta-feira (12), o deputado Antônio Pereira (PSB) usou a tribuna para falar sobre o conflito agrário no assentamento Sapucaia, em Vila Nova dos Martírios, em Imperatriz (MA). O problema envolve agricultores da região e a empresa Suzano Papel e Celulose, que alega direitos sobre o imóvel denominado Fazenda Jurema, área onde residem cerca de 500 famílias.

O parlamentar lembrou que o conflito já dura mais de duas décadas e que uma nova ordem de desocupação foi expedida pela Justiça Estadual. Agora, as famílias precisão deixar o local até o dia 17 de março. Para Pereira, o problema deveria ser analisado pela Justiça Federal, e não pela Justiça Estadual, uma vez que os advogados dos posseiros entendem que a área pertence à União.

“Eu entrei em contato com a Superintendência do Incra para que se manifeste antes desse prazo dado pela Justiça Estadual. Infelizmente, o órgão tem sido omisso ao longo de todo esse tempo”, disse Antônio Pereira.

O parlamentar frisou que é importante que o Incra se manifeste, informando se “há ou não algum título definitivo em cima daquela área, se é ou não da União, uma vez que, quando foi pedido para a Suzano, a empresa não apresentou o documento”.

“O juiz já a considera revel pelo prazo que foi dado. E se não apresentou, ou foi um descaso que fez à Justiça, ou é porque não tem esse documento”, disse o deputado, referindo-se à Suzano.

O deputado disse, ainda, que na área vivem famílias que lá estão há cerca de 40 anos, produzindo farinha, melancia, feijão e sendo guardiões do babaçu. Ele pediu a sensibilidade da Suzano para com os assentados.

“Aquele pedaço de terra não fará falta para a Suzano. Muito pelo contrário, fortalecerá o nome da empresa na questão social. E nós, desta Casa, defendemos os interesses do povo, das famílias mais humildes, daquelas pessoas que ali estão, produtores e agricultores. Chamo a atenção e a responsabilidade da Suzano para que não deixe as pessoas daquela região produtiva desamparadas. Elas não terão para onde ir e ficarão à margem das cidades circunvizinhas”, finalizou.

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