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UEPG celebra o Dia do Bibliotecário

Guardiãs do conhecimento. Em 12 de março é celebrado o Dia do Bibliotecário. Para comemorar a data, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ...

Thapio Nunes
Por: Thapio Nunes Fonte: UEPG
12/03/2025 às 16h20
UEPG celebra o Dia do Bibliotecário
Foto: Reprodução/UEPG

Guardiãs do conhecimento. Em 12 de março é celebrado o Dia do Bibliotecário. Para comemorar a data, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) homenageia as servidoras dedicadas a preservar, catalogar, organizar e disponibilizar à comunidade todo o conhecimento armazenado nas prateleiras físicas e digitais da Biblioteca Central (Bicen).

Atualmente a equipe da Bicen-UEPG conta com uma equipe de bibliotecários que cuida do material de seis bibliotecas dentro da Universidade, além das dos campi Centro e Uvaranas. Eles gerenciam os acervos literários do Hospital Universitário, do Colégio Estadual Agrícola Augusto Ribas (CAAR), do Museu de Ciências Naturais (MCN) e do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic). Todas essas coleções somam às mais de 200 mil obras físicas e digitais da Bicen que estão sob responsabilidade da equipe de servidores, chefiados pela sua diretora, Maria Lúcia Cazarin Bezerra Madruga.

Entre as diferentes experiências que os bibliotecários da UEPG vivenciam na realização do seu trabalho, o amor pela leitura e a dedicação ao trabalho são características compartilhadas que tornaram-se marca do excelente trabalho desenvolvido pela Bicen. Frente às mudanças tecnológicas na área de informação e as diferentes gerações de frequentadores da Biblioteca, os seus profissionais se adaptam para fornecer um trabalho eficiente, que atravessa os muros da Universidade.

Uma trajetória de dedicação

Foto: Reprodução/UEPG
Foto: Reprodução/UEPG
Após trinta e dois anos de carreira, Maria Luzia Fernandes Bertholino, a bibliotecária em mais tempo de atividade na UEPG, explica que a profissão surgiu em sua vida de uma forma espontânea. “Eu sempre gostei de ler, mas com o tempo você descobre a profissão além disso, afinal não há muito tempo para a leitura”, brinca a bibliotecária, em meio aos seus afazeres, que incluem catalogar as obras e organizar as informações nos sistemas da Bicen.

“Com o tempo, eu descobri o quão importante é organizar e entender todos os processos que envolvem a catalogação, a classificação e disponibilizar a informação pra quem tem interesse em acessá-la”. Maria Luzia ressalta as diversas experiências que a profissão lhe trouxe, entre novos conhecimentos e responsabilidades. Para ela, toda sua experiência profissional mostrou uma gama de formas e campos de atuação de um bibliotecário. “Eu me sinto uma profissional realizada quando vejo a nossa Biblioteca hoje – não apenas pela sua estrutura, organização e acervo, mas porque eu vejo nossa contribuição para a formação de inúmeros profissionais em todas as áreas”.

Após três décadas de dedicação à profissão, a bibliotecária observa as mudanças trazidas pelas novas tecnologias para a área. “A gente continua processando livros impressos, mas os repositórios e bibliotecas digitais também fazem parte da nossa rotina. Hoje não somos apenas agentes processadores de materiais impressos, mas capacitadores, orientadores para quem busca acesso à informação”. Os processos de acesso foram dinamizamos e os profissionais devem mudar com a mudança da tecnologia, como explica Luzia, que observa que a biblioteconomia está preparada para enfrentar os desafios e oportunidades que as novas tecnologias trazem.

Conexão com o ambiente

Um local silencioso, onde é possível trabalhar em paz, na companhia dos livros – são alguns dos motivos que levam pessoas a querer trabalhar em uma biblioteca. Mas para Aline Nigelski, a relação com o espaço vai além do seu perfil profissional, mas faz parte de uma conexão mais profunda que tem com bibliotecas, sobretudo a Bicen. Para a técnica em Biblioteca, a Bicen não é apenas seu local de trabalho, mas um refúgio onde habita desde que frequentava como estudante. Aline sempre viu as bibliotecas como seu refúgio, onde se dedicava aos estudos e aos livros, desde a adolescente até sua graduação, em Pedagogia.

Foto: Reprodução/UEPG
Foto: Reprodução/UEPG
Desde 2012, sua paixão se tornou sua profissão e todo o envolvimento de Aline com a Biblioteca, nas diferentes fases da sua vida, a permitiram ver o espaço de diversas formas; levando-a a se formar em Biblioteconomia, em 2020. “As diferentes relações com a Biblioteca mudaram minha visão e proporcionaram meu crescimento pessoal, intelectual e, com certeza, o profissional”, ressalta a técnica. Para ela, a Bicen oferece a oportunidade de trabalhar em um local silencioso, onde pode atuar nos bastidores.

Sua função atual, enquanto técnica, é realizar o preparo físico dos livros antes de irem às prateleiras. Após a inserção dos dados dos livros no sistema da Biblioteca, Aline insere filetes de segurança, etiquetas e realiza a verificação dos dados nelas colocados. Na minúcia do seu trabalho, Aline se depara com tesouros – obras consideradas raras ou especiais , que são depositadas em uma sala própria, na Biblioteca do Campus Uvaranas, sob os cuidados da servidora, com seu olhar atento e carinhoso pelos livros.

A Biblioteca além dos livros

“O trabalho da Bicen vai além dos livros. Nosso papel é aproximar a comunidade da Biblioteca”, exalta a técnica Andreia Gonçalves. Assim como Aline, sua trajetória profissional iniciou na Pedagogia, mas foi o amor pela literatura que a trouxe para a Bicen, em 2012. Ao longo de sua trajetória, o interesse pela Biblioteca cresceu, até surgir a oportunidade de se formar em Biblioteconomia e conquistar o título de bibliotecária. O trabalho “de formiguinha”, como Andreia se refere à iniciativa da equipe da Bicen, pode ser sentido em todas as ações ali desenvolvidas para promoção do conhecimento, desde a organização das prateleiras aos eventos realizados.

Foto: Reprodução/UEPG
Foto: Reprodução/UEPG

Ela defende a importância de mostrar para a comunidade o trabalho desenvolvido pelas bibliotecas como uma forma de promover conhecimentos e atrair novos frequentadores. “Temos um papel socioeducativo que não se resume ao cuidado com os livros e nossa principal missão é atrair públicos que não estão habituados a entrar em uma biblioteca”, relata Andreia, com entusiasmo. A Bicen UEPG é palco de uma série de atividades culturais, como exposições artísticas, lançamentos de livros e peças de teatro; ações de promoção à saúde e ao bem-estar, além de uma diversidade de ações organizadas por sua equipe de servidores para aproximar a Universidade da comunidade que a cerca.

Uma de suas missões dentro da Biblioteca é gerenciar o acervo de periódicos científicos que a Bicen dispõe em sua plataforma digital, com milhares de exemplares. “Nossa área é muito ampla e as atribuições ‘clássicas’ de uma bibliotecária hoje caminham juntas com a gestão de dados e com a tecnologia de informação”. A Biblioteca e a profissão de bibliotecária seguem em constante transformação e não se resumem a classificar livros, reforça Andreia.

Uma biblioteca viva

Zelar pela estrutura, gerenciar acervos, organizar eventos e coordenar a equipe são algumas das várias funções realizadas diariamente pela diretora da Biblioteca da UEPG, Maria Lúcia Madruga. Todos os afazeres cumprem um propósito: tornar a Bicen um espaço para todos. “A Biblioteca é um órgão vivo dentro da Universidade e, assim sendo, precisa ser um espaço humanizado e aconchegante para as pessoas que passar por aqui”. Na visão de Maria Lúcia, este desafio não se resume apenas em melhorar constantemente o espaço físico da Biblioteca, mas transformá-lo em um ambiente que respira cultura e ciência; uma porta de entrada da Universidade para a população.

A diretora reforça a importância de transformar a Bicen em um espaço aberto para toda a comunidade. “Recebemos muitas visitas escolares e as crianças saem deslumbradas com a Biblioteca, muitas escrevem para nós sobre o desejo de estudar na Universidade após as visitas. Este é o papel transformador da Bicen e da equipe que trabalha aqui”. Madruga ressalta que toda a equipe é comprometida com este trabalho de transformação que a Biblioteca busca promover através da sua gestão.

Foto: Reprodução/UEPG
Foto: Reprodução/UEPG
Para Maria Lúcia, a profissão de bibliotecária caminha com as novas tecnologias. O investimento em formas de automatizar e otimizar o trabalho em uma biblioteca não pode abandonar o investimento em interações pessoais essenciais para o atendimento ao seu público, defende a diretora. “Eu creio e tenho a certeza que o caminho é investir numa biblioteca humana, mesmo quando o nosso público hoje é uma geração digital, pois eles valorizam as interações com nossos servidores”.

Em sua visão, a Biblioteca ocupa um espaço de extrema importância dentro da UEPG por ser uma plataforma onde conhecimentos são democratizados. “Quando você percebe que a Biblioteca é um local que pode mudar realmente vidas, nosso trabalho, enquanto bibliotecárias, passa a ter um novo sentido para toda a comunidade que frequenta este espaço”, afirma a diretora.

Texto e fotos: Gabriel Miguel

Foto: Reprodução/UEPG
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Foto: Reprodução/UEPG
Foto: Reprodução/UEPG
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