Nesta terça-feira (11.03), o deputado João Henrique (PL-MS) participou na Assembleia Legislativa de MS da entrega do troféu Celina Jallad, alusivo ao Dia Internacional da Mulher e que homenageou, de forma especial, as mulheres que vivem a maternidade de forma atípica. Na ocasião, o deputado homenageou, de forma emocionada, a mãe atípica Gisele Mendonza Veiga, de 39 anos. A cerimônia ocorreu no Plenário Júlio Maia.
Gisele é mãe de Carlos Augusto Veiga Mendonça, o Carlinhos, que nasceu prematuramente com apenas 26 semanas e pesando 650 gramas em 16 de março de 2022 – está prestes a completar 3 anos. Desde então, Carlinhos foi diagnosticado com microcefalia e catarata congênita, passando por diversas cirurgias e tratamentos para lidar com suas condições.
"Como não homenagear esta mulher, que como várias outras mães atípicas aqui presentes, dedica 24 horas de sua vida para salvar a de seu filho. Estamos falando de mulheres acometidas por várias situações: a falta de apoio, de autocuidado, o desprezo, as doenças psicossomáticas. São mulheres guerreiras, que sofrem por caminharem sozinhas e não conseguirem, na maioria das vezes, o apoio do Poder Público, que cria obstáculos, se omite", enfatiza João Henrique.
Gisele enfrenta diariamente uma batalha incansável para garantir o bem-estar de seu filho. O garotinho já perdeu a visão do olho esquerdo e ano passado passou por uma cirurgia no olho direito.
Gisele relata o impacto emocional dessas condições em Carlinhos: "A gente nunca imagina como é essa luta diária e busca força por meio de cada sorriso, de cada emoção e evolução de nosso filho; tudo isso nos faz ficar fortes. Nasce nosso filho e a gente se torna uma leoa”, resumiu, depois da homenagem.
Carlinhos faz diversas terapias, incluindo estimulação visual, fisioterapia motora e respiratória, e fonoaudiologia para linguagem e deglutição, pois ele tem dificuldade para comer devido ao medo e sensibilidade adquiridos durante longos períodos de internação."
Moradora de uma casa simples num bairro de Campo Grande, Gisele, que não tem trabalho fixo para se dedicar totalmente ao filho, vive de doações e revenda de produtos que ganha. Isso, sem falar que se tornou uma influencer na causa das mães atípicas, sempre lutando pelos seus direitos.