Belém já conta com umespaço para destinação e tratamento de resíduos urbanos, inclusive entulhos. É oEcoponto do Canal São Joaquim, localizado na rua Canal São Joaquim, no bairro da Maracangalha. O espaço é mais uma iniciativa da prefeitura, por meio da Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), para alimpeza da cidade e proteção do meio ambiente, por meio do descarte, separação e reutilização de materiais deixados no local.
“Ele (ecoponto)recebe, além de entulhos, materiais como plástico, papel, vidro, óleo de cozinha, pilhas, baterias. Temfuncionamento de segunda a sábado, das oito às vinte e duas horas. Qualquer pessoa pode utilizar o serviço, ele é gratuito”, explica a titular da Sezel, Thayta Martins.
Os ecopontos estão previstos no contrato de concessão da limpeza urbana, queprevê a instalação de 16 espaços de recebimento de resíduos. Alocalização de cada um vai seguir o mapeamento fornecido pela Sezel, para priorizar zonas críticas de descarte irregular de resíduos.
O trabalho técnico de fiscalização daSezel mapeou 202 pontos críticos de descarte irregular de lixo e entulho na capital paraense. A ação, inclusive, recebeu apoio da Polícia Militar que agiu para proibir o descarte feito por carroceiros na avenida Honório José dos Santos, no bairro do Jurunas, no mês de fevereiro. “A escolha desses locais onde serão instalados os ecopontos está sendo avaliada a partir disso, para que a gente tenha eles muito bem pulverizados em toda a cidade pra gente conseguir mitigar ao máximo esses pontos de descarte”, acrescenta Martins.
O contrato estabelece que cada ecoponto tenha pelo menos1.200 metros quadrados. “É um espaço próprio paraatender, principalmente, a população que não tem condições de contratar empresas para fazer a destinação final. É importante ressaltar, também, que nós disponibilizamos o serviço deDisque Entulho gratuito que recolhe até 1 metro cúbico de entulho e restos de podasde árvore”, orienta Martins.
Já há tratativas da Sezel para acelerar a implantação de ecopontos este ano. “É um contrato longo, de 30 anos, e existem algumas tratativas em andamento para que a gente consigaantecipar alguns investimentos e consiga realizar a entrega de até cinco ecopontos até a COP-30”, diz a secretária.
Apoio às cooperativas
Outra forma de combater o descarte irregular éo incentivo às cooperativas de recicláveis, prestado pela Sezel. Após a visita ao Parque Urbano São Joaquim, a secretária de Zeladoria e Conservação Urbana vistoriou a reforma da Concaves (Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis), localizada no bairro da Condor. As obras começaram no ano passado, com recursos da Itaipu Binacional e apoio da Prefeitura de Belém. Nos próximos dias, com aimplementação dos 22 Locais de Entrega Voluntária, os LEVs – que são recipientes de coleta de lixo seco–, as cooperativas da capital deverão receber o que for coletado nos LEVs. Haverá ações educativas para uso desses espaços pela população.