O início do ano letivo na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) é sempre agitado, sobretudo para os calouros. O curso de Pedagogia da Universidade preparou uma atividade de acolhida voltada para as turmas de primeiro ano, na última sexta-feira (28). As turmas matutina e noturna participaram de uma série de ações culturais, apresentações sobre o curso e dialogaram com seus veteranos, professores e egressos no Grande Auditório do Campus Centro.
Organizado pelo Colegiado de Pedagogia da UEPG, o objetivo da acolhida foi mostrar o curso aos calouros, oferecer orientações sobre o andamento da graduação e informações sobre os seus projetos de pesquisa e extensão. O evento também reforça aspectos pedagógicos que contribuam para o melhor funcionamento das atividades de ensino, reforçando boas relações entre professores e alunos. A acolhida foi palco para as contações de histórias Anderson Ribaski, da Secretaria Municipal de Educação, e de Lucélia Clarindo, do Bando da Leitura.
O curso de Pedagogia é um espaço para discutir o entendimento sobre educação e isso começa pelos seus próprios alunos, avalia seu coordenador Érico Ribas Machado, organizador do evento. Ele explica que a ação foi pensada para reforçar os aspectos pedagógicos do curso e efetivar o seu potencial. “Acreditamos que uma coordenação que ouve e orienta os alunos sobre o processo formativo torna o curso mais atraente e combate a evasão. Esperamos que o conteúdo apresentado na acolhida faça sentido para a trajetória de formação profissional desses alunos e os torne felizes e realizados”, reforça o coordenador.
Em ambas as sessões da acolhida, o professor Marcelo Ubiali, do Departamento de Educação (DEED) da UEPG, palestrou sobre o tema ‘Como devo organizar os estudos?’. O professor explica que a apresentação é baseada em suas pesquisas em Psicologia da Educação, mas também em sua experiência própria em sala de aula. “O ato de estudar não é natural, é aprendido e possível de ser aprimorado. Somos pessoas diferentes, que absorvem conhecimentos de formas diferentes, mas com algumas semelhanças que eu abordei na minha fala como princípios universais”, explica o palestrante.
“Essas atividades de acolhida que estamos participando são necessárias, porque a UEPG oferece muitas oportunidades e nós, que estamos iniciando, precisamos de um norte para conhecer tudo que podemos” afirma a caloura Mariana Cristine Miranda, de 17 anos. Além da realização de um sonho, para a caloura, estudar Pedagogia na UEPG representa a continuação de uma trajetória profissional iniciada no magistério, tendo a sua mãe, também professora, como inspiração.
Em meio às ações formativas e culturais que a acolhida ofereceu, o evento foi marcado pelo protagonismo dos alunos em ações políticas – os participantes da acolhida realizaram a aclamação do Centro Acadêmico de Pedagogia (Caped), com a escolha dos novos representantes discentes do curso. Desativado após a última gestão, em 2020, o Caped retorna com um novo estatuto e a promessa de dar voz e representatividade às demandas dos estudantes de Pedagogia.
A acolhida foi pensada para a votação do centro acadêmico como forma de mostrar que os alunos não estão sozinhos e que há um movimento estudantil que os representa, pontua a presidente da nova gestão do Caped, Júlia de Jesus Dutra, do segundo ano de Pedagogia. “Nosso centro acadêmico sempre foi ativo e combativo, então com a retomada, esperamos mostrar o poder da voz dos alunos e fazer a diferença em suas vidas dentro da UEPG”, compartilha a presidente sobre suas expectativas.
Retorno à casa
A programação da acolhida de Pedagogia contou com a presença de egressos, que compartilharam suas trajetórias profissionais e acadêmicas com os calouros e veteranos, afim de motivar as turmas sobre os rumos profissionais que podem alcançar. Foram convidadas ex-alunas que integram o mercado profissional ou retornaram à Universidade como pesquisadoras de pós-graduação, para apresentar a diversidade de campos de atuação que aguardam os profissionais da Pedagogia formados pela UEPG.
“Um misto de sensações boas poder retornar e compartilhar minha experiência”. Assim descreve Maria Kauana de Almeida, formada em Pedagogia em 2019, sobre sua participação no encontro para falar sobre seu trabalho de ensinar as crianças e jovens do Operário Ferroviário Esporte Clube. Maria é pedagoga dos alunos da categoria de base do Operário e sua função é garantir que eles tenham acesso ao estudo, auxiliando em provas e atividades e participando de reuniões de escola. “Nós sempre vemos a pedagogia como uma ferramenta de transformação. E meu papel aqui foi mostrar a pedagogia do esporte como uma possibilidade para os alunos”, celebra.
Texto e fotos: Gabriel Miguel