A Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop) empreendem uma série de obras que dividem-se em três partes: entrega das obras remanescentes da gestão anterior, revisão das licitações que estavam em andamento e as novas obras.

A Escola Julieta Gomes Leitão, no bairro São Félix II, está entre as obras retomadas. Nesse caso, a execução dos serviços estava paralisada desde 2023 após várias modificações no projeto de requalificação e ampliação. A atual gestão teve como compromisso retomar a obra.

A escola tem mais de 30 anos e atende 560 alunos distribuídos em 16 turmas de manhã e à tarde. Com a finalização da obra, a escola passará de oito para dez salas, um novo bloco administrativo a partir da readequação de três salas antigas, além de uma sala de informática.

A paralisação da obra fez com que o setor administrativo estivesse em uma sala inadequada.

“Temos um grande anseio que essa obra seja finalizada. O projeto é de reforma, ampliação e construção dos espaços. Estamos ansiosos para que dê continuidade e o término para que a comunidade receba essa obra que é tão necessária para a comunidade escolar”, comenta a diretora Francisca Lopes.

Juntamente com a Escola Julieta Gomes Leitão estão também a Escola Rayara de Carvalho e os Núcleos de Educação Infantil Eunice Vieira e Henrique Campos, entre as unidades de ensino a serem finalizadas em 2025.

Com a nova gestão municipal, a Semed fez um levantamento e triagem para diagnosticar quais as prioridades a serem executadas pela secretaria juntamente com a Sevop, levando em consideração as mais de 200 escolas que compõem a rede municipal de ensino.

“É uma triagem minuciosa por grau de prioridade. Olha-se para todos os aspectos físicos da escola, o que precisa, o que não precisa, o que está ruim, o que tem que ser ampliado”, ressalta o titular da Semed, Cristiano Lopes.

Trinta e duas escolas apresentam situações tão críticas que foi necessário a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público nos últimos anos. A Escola Julieta Gomes Leitão, por exemplo, está na lista dessas escolas, além de unidades da zona rural.

“Entre as escolas que passaram por qualquer tipo de intervenção, um número menor está na zona rural. Então, as escolas mais críticas, temos muitas na zona urbana, mas a zona rural precisa de uma atenção muito maior”, reforça o secretário de Educação.

Além das quatro unidades citadas, há ainda as obras de reforma e ampliação das Escolas Maria das Neves (Vila Santa Fé), Adelaide Molinari (Vila Sororó) e a de tempo integral Carlos Marighella e as obras de construção do Núcleo de Educação Infantil Izabel Francisca (Folha 08) e das Escolas Maria Luzia (São Félix), Fé em Deus (Morada Nova) e Irmã Theodora. Esta última terá um novo prédio e será sob supervisão militar. Essas obras encontram-se nos ajustes de licitação para iniciarem.

A Escola Marechal Rondon, na Vila Itainópolis, já teve a ordem de serviço assinada para requalificação e ampliação, assim como iniciaram os mesmos serviços na Escola José Flávio Alves de Lima, no bairro Araguaia.

As obras de construção de prédios do zero buscam sanar algo que a atual gestão identificou: o aluguel de prédios que se estendem por décadas, com alguns contratos superando 30 anos.

Atualmente, Marabá possui cinco escolas de tempo integral e quatro delas funcionam plenamente, com quatro refeições por dia e dois turnos. A Semed fará intervenções nessas estruturas durante a atual gestão. A primeira a receber os serviços será a Escola Carlos Marighella, na zona rural.

Em relação aos NEI, além do Izabel Francisca e do Henrique Campos, Marabá também receberá um novo, executado em parceria com o governo do estado, no bairro Belo Horizonte. O NEI do Cidade Jardim terá o processo de licitação iniciado.

“A terceira parte do nosso planejamento são as novas obras, com novas propostas, especialmente os Núcleos de Educação Infantil. Estamos trabalhando com esse propósito de termos novas escolas, com novos layouts e com novas propostas, especialmente para poder modernizar inclusive a estrutura física das unidades de ensino”, destaca o diretor de Infraestrutura da Semed, Nelis Rodrigues.

Outras obras e serviços

A Semed possui uma equipe de pequenos reparos que segue um cronograma a partir das demandas levantadas nas unidades, priorizando ações emergenciais.

Entre outras obras, a Semed, por meio da Sevop, realizará a construção das casas de permanência de professores do ensino do campo, em localidades estratégicas da zona rural.

Estão programadas e em processo de abertura ou finalização de licitação as obras de ampliação da Escola Urbano Cantuário, na Vila Tibiriçá; construção dos NEI Antônio Ribeiro, Carlos Drummond e Chapeuzinho Vermelho; construção das Escolas Cisne Branco e Sol Poente – está na Vila do Carrapato; requalificação e ampliação da Escola Teresa de Castro; construção de duas unidades de ensino em conjuntos habitacionais na Nova Marabá; construção de muros em cinco escolas da zona rural.

“São novas licitações que estão sendo realizadas e tudo isso demora um tempo, que é o tempo dos trâmites, que é necessário para o gestor, mas que ao longo do ano de 2025, essas coisas serão acomodadas, resolvidas e obviamente outros problemas virão e a gestão está pronta para atender e resolver naquilo que for possível”, reitera Nelis Rodrigues.

As obras também se estendem aos outros serviços disponibilizados pela Semed, como o Núcleo de Atendimento Especializado a Alunos com Transtorno do Espectro Autista (Naetea), localizado na Marabá Pioneira, que está com a construção da quadra em andamento.

A obra foi licitada em 2024, mas as obras iniciaram em 2025.

A quadra será importante para o incremento de atividades a serem realizadas pelas crianças e adolescentes atendidos pelo núcleo, como explica a coordenadora do Naetea, Núcia Rodrigues.

“Vamos ter uma quadra coberta. É um espaço muito importante para o desenvolvimento motor, cognitivo, de habilidades sociais das crianças porque aqui elas vão interagir entre elas. É uma vitória. É uma conquista”, afirma.

Mariá Almeida acompanha o neto, Miguel, 8 anos, nas atividades que realiza no Naetea. Para ela, a quadra é uma conquista.

“Para mim, é muito importante e é uma necessidade não só para o Miguel como para as outras crianças. O Miguel tem um foco esportivo, chegou aqui não verbal e hoje verbaliza, evoluindo uns 80%. Só tenho a agradecer o município por essa parceria com a gente”, comenta.

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes e Igor Leite

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