Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas
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O programa ‘Saúde e Bem-Estar’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), conversou, nesta quarta-feira (29), com a supervisora de Enfermagem do Hospital Aquiles Lisboa, fisioterapeuta Cinthya Agostino. Ela abordou, dentre outros assuntos, sobre a campanha Janeiro Roxo, que é uma ação de conscientização sobre a hanseníase.
Cinthya Agostino esclareceu que a campanha Janeiro Roxo tem por objetivo combater o preconceito, alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da hanseníase.
“As pessoas mais vulneráveis, ou seja, as de baixa renda são as mais acometidas pela hanseníase. Em 2023, tivemos 130 casos novos e, em 2024, 85 casos. E acontece, as recidivas, que são as pessoas que já fizeram tratamento e voltam a ter a doença. Geralmente, voltam devido as pessoas não seguirem o tratamento correto. Por isso, é muito importante que o paciente faça, siga, rigorosamente o atendimento e faça uso da medicação correta”, destacou.
Atendimento
A supervisora disse que o Hospital Aquiles Lisboa oferece o tratamento completo para o paciente diagnosticado com a hanseníase.
“Contamos com uma equipe multidisciplinar de profissionais qualificados como, por exemplo, psicólogo, terapeuta ocupacional, podóloga, etc. Contamos, inclusive, com o setor de calçados, para atender aqueles pacientes que tiveram alguma deformidade nos pés, por conta dessa enfermidade, e que precisam de um calçado apropriado. Nós fabricamos esse calçado. Damos um atendimento completo aos pacientes”, assinalou.
Cinthya Agostino esclareceu que os pacientes recebem o medicamento gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Aquiles Lisboa.
“Quando a pessoa é diagnosticada com a hanseníase, lá mesmo ela é medicada e, de imediato, inicia o tratamento e já recebe uma dose, que chamamos de “dose supervisionada”, e depois ele leva a cartelinha e fica tomando a medicação mensalmente. O tempo de tratamento varia de seis meses a um ano, de acordo com o diagnóstico que identifica o tipo de hanseníase que o paciente apresenta, com a realização do exame clínico e do teste de sensibilidade”, explicou.
Por fim, Cinthya Agostino aconselhou as pessoas que tenham suspeita de estar com a doença a procurarem uma unidade de saúde para fazer os exames.
“É muito importante a pessoa buscar o tratamento logo, não deixar para depois. Quanto mais cedo for diagnosticado, mais fácil o tratamento. A hanseníase tem tratamento e tem cura. Infelizmente, ainda existe muito preconceito em relação à hanseníase”, enfatizou.
O programa ‘Saúde e Bem-Estar’ tem apresentação das radialistas Leda Lima e Marina Sousa. É veiculado toda quarta-feira, às 11h, transmitido ao vivo pelo YouTube da Rádio Assembleia, e conta com a participação dos ouvintes por meio do Whatsapp (3269-3009).