Geral Sergipe
Quilombolas de Sergipe colhem frutos do programa Ater Mulher
Com recursos do Fomento Rural em parceria com o Governo do Estado, 86 trabalhadoras rurais do Quilombo Patioba viram suas realidades transformadas
25/01/2025 09h10
Por: Thapio Nunes Fonte: Secom Sergipe

Desde março do ano passado, 166 mulheres rurais, incluindo 86 quilombolas de Sergipe, têm suas vidas transformadas graças ao programa Ater Mulher. A iniciativa é uma parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), o Governo Federal, por meio dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social (MDS), com o Governo de Sergipe, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). As mulheres quilombolas receberam suporte financeiro do Fomento Rural e assistência técnica para impulsionar suas atividades produtivas, promovendo autonomia econômica e desenvolvimento comunitário.

As 86 mulheres trabalhadoras rurais do Quilombo Patioba, em Japaratuba, por exemplo, são um símbolo do impacto do programa. As doceiras da comunidade criaram a Agroindústria Quilombola de Sergipe Mãe Zai, uma cozinha comunitária equipada com fornos industriais e infraestrutura moderna, possibilitada pelos recursos do fomento. Essa estrutura permitiu a ampliação da produção, aumento da renda e abertura de novos mercados.

Financiado pela Anater e pelo MDS, o Fomento Rural tem se mostrado uma ferramenta essencial para transformar a realidade das mulheres quilombolas. Além de oferecer recursos para melhorar a produção, ele contribui para a redução das desigualdades socioeconômicas e a valorização da cultura local.

Para o diretor de Ações Fundiárias da Emdagro, Marcelo dos Santos, o programa é um marco de transformação. “O Ater Mulher não apenas oferece suporte financeiro, mas também promove a autoestima e a independência das mulheres quilombolas, que agora enxergam possibilidades reais de crescimento e prosperidade”.

O diretor destaca ainda que, com foco na capacitação e no fortalecimento das produtoras rurais, o Ater Mulher tem estimulado a produção local em diversas áreas, como agricultura, pesca, mariscada, produção de doces e bordados. “Em seis quilombos sergipanos, mais de 600 mulheres participaram de cursos técnicos e práticos, adquirindo conhecimentos que impulsionam seus negócios e fortalecem as comunidades”, reforçou.

O papel estratégico da Emdagro

Como responsável pela execução do programa em Sergipe, a Emdagro tem sido peça-chave no sucesso das ações. Por meio de assistência técnica e gestão local, a instituição garante que as mulheres quilombolas recebam o apoio necessário para aproveitar plenamente as oportunidades oferecidas pelo Ater Mulher.

“Ver os resultados do projeto nos motiva a continuar trabalhando para fortalecer a agricultura familiar e a identidade cultural dessas comunidades”, afirmou Marcelo dos Santos.

Impactos e perspectivas

O sucesso do programa destaca a importância de políticas públicas que combinem capacitação técnica com investimento financeiro. O impacto nas comunidades quilombolas reforça a necessidade de expandir iniciativas como o Ater Mulher, garantindo que mais mulheres possam conquistar autonomia e qualidade de vida.

O projeto, promovido pelo Governo de Sergipe por meio da Emdagro, continua a transformar histórias e fortalecer o papel das mulheres como protagonistas de suas comunidades. Com mais fomento e capacitações, o Ater Mulher segue pavimentando o caminho para um futuro mais inclusivo e sustentável.

Quilombo Patioba, em Japaratuba
Produtos da Agroindústria Quilombola de Sergipe Mãe Zai
Capacitação das mulheres da agroindústria de Doces
Agroindústria Quilombola de Sergipe Mãe Zai
Agroindústria Quilombola de Sergipe Mãe Zai, do Quilombo Patioba