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Funac realiza formação para servidores em Imperatriz e Timon

Durante cinco dias, a Funac, por meio da Escola de Socioeducação do Maranhão (Esma), realizou a Formação de Facilitadores em Círculos de Justiça Re...

27/11/2024 às 19h48
Por: Rede THAP de Comunicação Fonte: Secom Maranhão
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- Nos momentos de formação, os servidores fazem uma avaliação de práticas e repensam as rotinas na socioeducação (Foto: Divulgação)
- Nos momentos de formação, os servidores fazem uma avaliação de práticas e repensam as rotinas na socioeducação (Foto: Divulgação)

Durante cinco dias, a Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), por meio da Escola de Socioeducação do Maranhão (Esma), realizou a Formação de Facilitadores em Círculos de Justiça Restaurativa e Construção de Paz. A ação foi realizada em Imperatriz e Timon envolvendo servidores dos Centros Socioeducativos dos dois municípios. 

Segundo a presidente da Funac, Sorimar Sabóia, a partir dessas formações, há possibilidade de fortalecimento das práticas restaurativas, o que viabiliza a geração de bons resultados. “Todos nós da Funac temos compromissos com os adolescentes e jovens dentro do processo da socioeducação. Somos nós quem podemos dar apoio a eles, então, devemos conduzir nossas práticas da forma mais correta e eficiente possível”, enfatiza. 

Sorimar Sabóia destacou, ainda, que os servidores entendem o seu papel na socioeducação e, com isso, buscam se inserir nos processos de qualificação oferecidos pela Funac. “Sabemos dos desafios da socioeducação e também das dificuldades de participar de um processo de prática restaurativa, pois nem todos dispõem de tempo. Mas percebemos que nossos servidores compreendem a importância dessa ferramenta e se esforçam para participar. Temos observado na prática os bons resultados por meio dos trabalhos com os socioeducandos”, afirma. 

Construção e reconstrução

Segundo a diretora da Diretoria Técnica (Dirtec/Funac), Lúcia Diniz, os momentos de Formação são oportunidades de avaliar e reavaliar as rotinas. Segundo ela, é uma ferramenta adotada pela Funac que tem contribuído significativamente no processo socioeducativo. “Somos reconhecidos por nossa experiência e as práticas restaurativas contribuem para isso, para que possamos alcançar os resultados adequados na socioeducação, ou seja, trata-se de um ganho institucional, social e pessoal, pois influenciamos o ambiente como um todo”. 

Para diretor da Assessoria de Planejamento e Ações Estratégicas (Asplan/Funac), Nikson Daniel Souza da Silva, a sociedade ser imediatista reverbera um discurso de que, no dia a dia, não se aplica na prática o que se aprende na teoria. “A verdade é que no trabalho diário temos que ter uma teoria consolidada, ferramentas adequadas, que são geradas por processos de qualificação. Daí o investimento permanente da Funac em processos formativos, que trazem bons resultados a médio e longo prazo”. 

A assistente social Anna Paula Passos Ferreira destaca que, na medida em que se entende o trabalho na socioeducação, mais se compreende que as formações em práticas restaurativas são fundamentais para o exercício diário das funções na Funac. “Quando os adolescentes e jovens chegam até nós eles veem sem entender o que é a socioeducação. Quase todos chegam sem conhecer seus direitos. Cabe a nós trabalhar estes aspectos e permitir que eles tenham ciência de que podem reconstruir suas vidas”, revelou ela, que além de ser uma das técnicas da Fundação da Criança e do Adolescente responsáveis pela Formação em Círculos de Justiça Restaurativa e Construção de Paz, atua no Centro Socioeducativo de Internação Semear, de Imperatriz.

Práticas restaurativas

A iniciativa tem por objetivo fornecer aos servidores uma compreensão aprofundada dos aspectos históricos e elementos fundamentais sobre justiça restaurativa e práticas de construção de paz, para possibilitar uma nova perspectiva para o atendimento socioeducativo no Maranhão, considerando-se que a abordagem restaurativa foca na reparação do dano causado e promove o diálogo e a reconciliação entre as partes envolvidas. Em vez de punir, a justiça restaurativa busca entender o contexto e as motivações por trás de cada ato, trabalhando para restaurar os relacionamentos rompidos e promover a cultura de paz.

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