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Semu realiza encontro temático para falar sobre mulheres e clima na Amazônia
O debate faz parte da programação em alusão aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra meninas e mulheres
26/11/2024 13h46
Por: Rede THAP de Comunicação Fonte: Secom Pará

O Estado do Pará já iniciou a contagem regressiva para realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). Na oportunidade, cientistas, líderes mundiais, organizações não governamentais, além de representantes da sociedade civil, discutirão ações que possam combater as mudanças climáticas.

Entendendo a importância dessa temática, sobretudo, as necessidades e contribuições feminina para com o meio ambiente, a Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) realizou durante a manhã desta terça-feira, 26, um encontro temático para debater sobre essas questões. O evento aconteceu de forma híbrida - presencial no auditório do prédio sede da secretaria e de forma online pela plataformajitsi meet. O encontro temático faz parte programação elaborada pela Semu, em alusão aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra meninas e mulheres.

A programação foi aberta pelo professor e pesquisador João Arroyo, que trouxe abordagens importantes sobre a participação feminina na elaboração de um novo formato e construção da sociedade. "É uma grande satisfação poder debater essa pauta. Estamos vivendo um momento único. Depois da época da borracha, essa é segunda vez que Belém recebe tantos olhares e investimentos. E nós precisamos valorizar esses investimentos para que a gente consiga promover as mudanças necessárias. Inclusive, no papel da contribuição e valorização da mulher enquanto protagonista na construção desse novo modelo de desenvolvimento sustentável."

O professor falou ainda sobre a importância de se conhecer a história, para que os mesmos erros não sejam cometidos novamente e a mulher, mais um vez, seja excluída do processo de construção das ideias. "A mulher foi o primeiro segmento da humanidade a passar por um processo de discriminação em função de uma estratégia de acumulação de riquezas. E é nesse contexto que nós precisamos entender a economia como fluxo de valor. Precisamos mudar, e essa mudança traz a mulher como protagonista", enfatizou o professor.

"Recebi com muita alegria o convite da secretaria para participar desse debate. Discutir sobre as mudanças climáticas e o papel da mulher, é de suma importância. A secretaria está de parabéns por essa iniciativa. Afinal, esse tema é de grande relevância para as mulheres empreendedoras, já que mudanças climáticas, o trabalho e a economia, andam juntos. E isso impacta diretamente nas mulheres que são arrimo de família", falou Paulo Uchoa, assistente social e presidente do Instituto Amazônia Azul, que também participou do debate.

A programação foi idealizada em conjunto com o Conselho Estatual dos Direitos das Mulheres, como explica Márcia Jorge, coordenadora de Prevenção e Enfrentamento à Violência de Gênero."Essa programação foi pensada em conjunto com o Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres. Afinal, as mulheres são as que mais sofrem com as consequências das mudanças climáticas. Não tem como tratar a política pública de enfrentamento a todas às violências sofridas por mulheres, sem discutir sobre o clima e a amazônia."

21 dias de ativismo - A campanha tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os diferentes tipos de violências sofridas por meninas e mulheres em todo o mundo.

Em escala mundial, a celebração acontece em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, seguindo até 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que também tem o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade.