Os estudantes da 1ª e 2ª série do Ensino Médio da Escola Estadual de Tempo Integral Rui Barbosa, localizada no município de Tucuruí, na Região de Integração do Lago de Tucuruí, têm desenvolvido habilidades e conhecimentos sobre robótica com projetos de tecnologia. As iniciativas estimulam a criatividade e o aprendizado, por meio de uma experiência prática e inovadora dentro da robótica educacional, que trabalha com conceitos de programação, eletrônica e resolução de problemas de maneira criativa e colaborativa. Além disso, os estudantes também aprendem sobre Educação Ambiental.
De acordo com o professor David, ao utilizar o “Agrobô” no plantio, os estudantes têm a oportunidade de vivenciar como a automação pode aumentar a eficiência agrícola e ao mesmo tempo minimizar os impactos ambientais. “Esses projetos práticos promovem o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre sustentabilidade e inovação. Os alunos não só aprendem sobre conceitos teóricos, mas também experimentam soluções tecnológicas que podem impactar o futuro da agricultura, o que contribui para a formação de profissionais conscientes e preparados para lidar com os desafios ambientais de maneira inteligente e sustentável”, ressaltou o educador.
Segundo a estudante da 1ª série do Ensino Médio, Diana Trindade, o projeto incentiva a educação ambiental. “A partir desse projeto, nós buscamos fazer hortas escolares mais eficientes e automatizadas e assim incluir a robótica no nosso dia a dia, já que é tão importante a gente ter uma educação atrelada à tecnologia dos dias de hoje”, disse.
Outro projeto em que os estudantes têm trabalhado é o “Eco Explore”, um jogo criado para alertar sobre a poluição. Com a proposta de ser inovador e educativo, a iniciativa busca conscientizar os jogadores sobre a importância da limpeza do meio ambiente, ao mesmo tempo em que estimula o desenvolvimento de suas habilidades motoras e de atenção.
“Desenvolvemos o jogo no Game Maker, um aplicativo que nos permite criar animações em 2D e pixel art para o jogo. Primeiramente, no aplicativo Game Maker, começamos criando sprites (imagens) em pixel art para os personagens, cenários e objetos do jogo. Em seguida, definimos as regras e a mecânica do jogo utilizando o sistema de programação do
Game Maker, que é baseado em linguagem de script. Depois, criamos as animações para os personagens e objetos, definimos os controles e interações do jogador com o ambiente, também trabalhamos na criação de cenários, níveis e obstáculos utilizando as ferramentas disponíveis. Para finalizar, estamos testando o jogo, ajustando e aperfeiçoando a
jogabilidade, para corrigir possíveis bugs e, por fim, iremos exportar o jogo para uma
plataforma em que conseguiremos jogar em computadores e notebooks”, explicou a estudante da 2º série do Ensino Médio, Brenda Alves.
Para o estudante Mauro Grisostenes, também da 2ª série do Ensino Médio, o projeto trouxe muito conhecimento e a ideia é inspirar outros jovens e adolescentes a se engajarem na causa ambiental. “O Eco Explorer foi uma experiência de aprendizado e crescimento para todos os envolvidos. Conseguimos criar uma ferramenta educativa que alia tecnologia e
conscientização e o nosso objetivo é que o projeto continue impactando positivamente a
comunidade e inspire outros jovens a se engajarem na causa ambiental”, comentou.
“A parceria com o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Tucuruí, UFPA Tucuruí e a conquista de kits de robótica adquiridos através da participação no TechCamp Pará foram fundamentais para levarmos nossos projetos a um novo nível, proporcionando kits de robótica que facilitam a aplicação prática dos conceitos aprendidos. Isso tem permitido aos alunos desenvolverem seus próprios projetos, os quais têm impacto direto na comunidade escolar. Ao permitir que nossos estudantes aprendam na prática, conseguimos despertar neles o desejo de continuar explorando o universo da ciência e da tecnologia, áreas com grande potencial de transformação social e profissional. O trabalho com robótica educacional é uma ferramenta poderosa não apenas para o desenvolvimento técnico dos alunos, mas também para o fortalecimento de habilidades socioemocionais que irão prepará-los para os desafios do futuro. É um investimento no presente e no futuro de nossos estudantes”, concluiu o professor David Therezo.