A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu os membros do Comitê Estadual de Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente, nesta terça-feira (21), durante oficina para discutir estratégias de enfrentamento de doenças que afetam a população de forma socialmente desigual. A 1ª Oficina do Comitê Estadual de Tuberculose aconteceu no Gree Hotel, no bairro São Francisco.
Segundo a chefe do Departamento de Epidemiologia e coordenadora de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Monique Maia, a oficina buscou alinhar informações entre os membros do comitê para a criação de um plano efetivo. “A troca de experiências é essencial para que cada ação planejada tenha impacto real, tanto na prevenção quanto no controle dessas doenças socialmente determinadas. Para isso, é fundamental que cada membro compreenda seu papel nesse contexto”, afirmou.
As chamadas doenças determinadas socialmente são aquelas que afetam desproporcionalmente pessoas em áreas de maior vulnerabilidade social, como hanseníase, tuberculose, doença de Chagas, malária, filariose, leishmaniose, HIV/Aids, hepatite B, entre outras. Durante a oficina, os participantes debateram a Portaria Nº 713/2024, que formalizou a criação do Comitê, e analisaram o panorama epidemiológico dessas doenças no Maranhão.
O comparativo entre os anos de 2023 e 2024 aponta mudanças significativas nos casos de tuberculose e leishmaniose no Maranhão. Os casos novos de tuberculose caíram de 2.810 em 2023 para 2.368 em 2024. Já a leishmaniose tegumentar apresentou uma redução expressiva no número de casos registrados no Maranhão, passando de 1.078 em 2023 para 511 em 2024, conforme os dados parciais. Essa diminuição reflete avanços nas ações de controle e prevenção, como o fortalecimento da vigilância epidemiológica e as iniciativas de promoção à saúde.
O agente de combate a endemias e técnico da Divisão de Atenção à Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Leonardo Mendes, destacou a importância da articulação para garantir acesso à saúde da população indígena no Maranhão. “Nos territórios indígenas, é essencial contar com uma rede integrada e parceiros para oferecer um atendimento de qualidade. Este encontro é uma oportunidade de alinhar estratégias e reforçar o olhar específico para as demandas desses territórios”, pontuou.
Comitê
O Comitê Estadual de Tuberculose reúne representantes de diversas instituições, como; Secretaria de Estado de Administração Penitenciaria (Seap); Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes); Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop); Secretaria de Estado da Educação (Seduc); Secretaria de Estado Extraordinária de Igualdade Racial (Seir), e tem como objetivo promover ações intersetoriais que combatam a tuberculose e outras doenças como problemas de saúde pública.