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Humberto repudia ataque ao STF e diz ser contra anistia
O senador Humberto Costa (PT-PE), em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (18), lamentou o atentado contra o Supremo Tribunal Federal (ST...
18/11/2024 20h25
Por: Rede THAP de Comunicação Fonte: Agência Senado

O senador Humberto Costa (PT-PE), em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (18), lamentou o atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF) ocorrido na última quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes. O senador destacou que “o ato terrorista não foi isolado”, mas consequência dos discursos de ódio e violência alimentados nos últimos anos no Brasil.

Para o senador “os ataques contra a democracia e as instituições têm raízes em discursos de lideranças da extrema-direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro”. Ele mencionou eventos como a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal durante a diplomação do presidente Lula, o plano de ataque com bomba ao Aeroporto de Brasília e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

— A seriedade dos ataques evidencia que a tentativa de deslegitimar a democracia e suas instituições persiste, e que é preciso dar um basta nessa onda de intolerância gerada pela violência política e pela desinformação — disse.

O senador destacou que a Polícia Federal investiga se Francisco Wanderley Luiz recebeu apoio financeiro e logístico para a ação. O parlamentar defendeu a responsabilização dos envolvidos. Humberto também rejeitou a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ele argumentou que “o perdão estimula a impunidade e abre caminho para novas ações”.

— Debater anistia é dar uma mensagem direta aos criminosos, uma vez que a impunidade funciona como principal catalisadora da violência, do ódio e da intolerância. Quando se concede uma anistia se supõe que quem foi anistiado primeiro foi condenado e, segundo, com a anistia, passa a aceitar as regras do jogo e a organização do sistema que ora existe. Qual a garantia de que aqueles que têm atacado a democracia vão passar a reconhecê-la, a reconhecer as leis, a autonomia entre os Poderes e a democracia no nosso país? — questionou.

Humberto defendeu o debate sobre a regulamentação das redes sociais e a responsabilização de empresas de tecnologia pela disseminação de desinformação e discursos violentos.