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Estudantes de distrito de Maringá analisam água do Ribeirão Centenário
A programação inclui visitas em unidades operacionais da Sanepar e em pontos estratégicos da bacia com o objetivo de promover o senso crítico e si...
18/11/2024 17h23
Por: Rede THAP de Comunicação Fonte: Secom Paraná

Alunos do Colégio Estadual Rui Barbosa analisaram amostras de água do Ribeirão Centenário, no distrito de Iguatemi, em Maringá, como parte das atividades do Projeto Sustentabilidade: da Escola ao Rio, promovido pela Sanepar, em parceria com a prefeitura municipal e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A atividade proposta pela Sanepar tem metodologia específica que inclui um kit para coleta e análise da água, considerando padrões físicos, químicos e microbiológicos. A programação inclui visitas em unidades operacionais da Sanepar e em pontos estratégicos da bacia com o objetivo de promover o senso crítico e sistêmico dos participantes para a elaboração de diagnóstico da bacia hidrográfica onde a escola está inserida.

Esgoto doméstico não tratado e fertilizantes podem ter sido os elementos que alteraram o parâmetro de qualidade da água daquele corpo hídrico nas análises coletadas pelos estudantes. A Bacia Hidrográfica do Ribeirão Centenário nasce em Mandaguaçu e tem dezenas de afluentes. Para ela é direcionada de cerca de 50% da drenagem urbana do distrito de Iguatemi.

A presença de nitrato na amostra de água que os alunos analisaram pode ser resultado do lançamento clandestino de esgoto, que deveria estar indo para fossas sépticas. Para os locais onde ainda não há sistema público de coleta e tratamento de esgoto, a solução individual é indicada. É proibido lançar esgoto em galeria de águas pluviais ou córregos.

A gestora ambiental da Sanepar e coordenadora do programa de intervenção socioambiental em execução na localidade, Andrea Fontes, destaca que o Ribeirão Centenário não é utilizado como manancial de abastecimento, mas que precisa ser cuidado da mesma forma para garantir a perenidade das suas águas. “Por isso é crucial o trabalho que a Sanepar está desenvolvendo no distrito”, comenta Andrea.

Ela explica que o objetivo é trabalhar com os participantes as informações dos impactos da ação humana sobre a quantidade e qualidade da água, incluindo o destino dado para o esgoto. “A intenção do projeto é a de que haja um reconhecimento da bacia, de que os alunos identifiquem em qual bacia a escola faz parte e também de estimular os alunos a pensarem os problemas e as possíveis soluções para um ambiente mais equilibrado”, afirma.

A Sanepar deve entregar no primeiro trimestre de 2025 as obras de implantação de um moderno e completo sistema de esgotamento sanitário em Iguatemi. Os recursos investidos somam R$ 33,1 milhões e englobam a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pitanga, a implantação de mais de 50 km de tubulações de coleta e uma estação elevatória.

O diretor do Colégio Estadual Rui Barbosa, Marcos Wagner Skaraboto Lopes, comemora a chegada do sistema de esgotamento sanitário como uma importante conquista para o distrito. “Uma vitória para toda a população do distrito e um grande contributo para a preservação do meio ambiente, não só das nossas bacias, mas do meio ambiente como um todo”, destaca.

Ele conta que os professores se entusiasmaram e transformaram o que viram na semana de intensa atividades com a Sanepar em conteúdo para as aulas. Os alunos conseguiram entender a importância do projeto, se interessaram em anotar e tirar dúvidas. “Só tenho a agradecer pela possibilidade de termos ofertado aos nossos alunos uma parceria como esta”, comenta. “Vamos ampliando o trabalho de conscientização de preservação do meio ambiente”.