Com o objetivo de pensar estratégias de abordagem e atuação que possam pensar um atendimento culturalmente sensível, etnicamente diferenciado junto aos jovens indígenas Warao, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), Ministérios Públicos Federal e Estadual, em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas(Funai); Secretaria de Educação e Cultura do Município de João Pessoa (Seduc) e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), estão realizando até o dia 25 deste mês, nas instalações da Faculdade Unineves, capacitação para os conselheiros tutelares de João Pessoa e agentes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Ruarts), que abordam pessoas em situação de rua.
O evento teve início na manhã desta segunda-feira (18) e, segundo o gerente operacional de Promoção do Acesso à Cidadania, Eduardo Brunello, a ideia é construir algumas estratégias conjuntas com os conselheiros tutelares e formas de interação com esse público (jovens indígenas Warao), pensando fluxos de atendimento contínuo. “Num segundo momento, vamos realizar visitas às unidades de abrigamento visando aproximar os órgãos de proteção aos indígenas, para que dessa maneira clara e objetiva, não só atendê-los, mas construir conhecimentos e saberes coletivos com os indígenas”, adiantou.
A promotora e coordenadora do CAO/MPPB, Fábia Pereira, destacou que essa capacitação, criada em conjunto com o MP Estadual, o MP Federal, a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Funai, tem como objetivo capacitar os sete conselhos tutelares de João Pessoa acerca da importância do acolhimento e da proteção aos jovens e crianças da etnia Warao que existem na capital do Estado. “Nós somos o quarto estado em número de pessoas da etnia Warao, entre elas quase metade crianças e jovens”, comentou.
“O objetivo dessa capacitação, diálogo com os conselhos tutelares está voltado para garantir a execução de um atendimento diferenciado da etnia Warao, de acordo com suas especificidades, de forma a haver a proteção de direitos de crianças e jovens desse povo, de forma que não exista omissão do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e dos Adolescentes na proteção da etnia Warao, uma troca de conhecimentos para compreensão das diferenças e implementação de estratégias para aplicação de medidas protetivas”, afirmou a promotora.