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Especialistas dão dicas de como se preparar para a chegada do bebê

O equilíbrio emocional, o preparo físico e uma rede de apoio sólida são fundamentais para garantir o bem-estar da mãe e do recém-nascido nos primei...

01/10/2024 às 13h33
Por: Rede THAP de Comunicação Fonte: Agência Dino
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A chegada de um bebê é um momento repleto de emoções e expectativas, e preparar-se adequadamente para as primeiras semanas é fundamental para garantir o bem-estar tanto do bebê quanto da mãe. Nesse período, o estado emocional da mãe, o preparo físico durante a gestação e o suporte da rede de apoio desempenham papéis essenciais para uma transição suave e saudável.

Estado emocional da mãe

Durante a gestação, o estado emocional da mãe influencia diretamente o desenvolvimento do vínculo materno-fetal e pode afetar a produção de leite após o parto. Segundo especialistas da Rede Mater Dei de Saúde, as doenças mentais são prevalentes no processo gravídico-puerperal, com cerca de 30% das mulheres desenvolvendo algum tipo de transtorno mental no pós-parto. O blues puerperal, uma fase de melancolia comum no pós-parto, pode durar semanas ou até anos, impactando a amamentação e o vínculo com o bebê.

“É essencial que as mães compreendam que essas dificuldades emocionais não são culpa delas, mas sim um processo de adoecimento. A privação de sono, as alterações hormonais e a intensa demanda emocional do pós-parto requerem compreensão e apoio”, afirma Paula Machado, obstetra do Hospital Mater Dei Santa Clara, em Uberlândia.

Preparação física durante a gestação

A prática regular de atividade física durante a gravidez é altamente recomendada, salvo exceções. Além de reduzir o risco de complicações como diabetes gestacional e hipertensão, manter-se ativa contribui para uma recuperação pós-parto mais rápida e eficaz. “O mínimo recomendado é de 150 minutos semanais de atividade física moderada, distribuídos em, pelo menos, três sessões semanais”, recomenda a médica.

Consulta pré-natal pediátrica

Uma das recomendações importantes para os futuros pais é agendar uma consulta com o pediatra que acompanhará o bebê após o nascimento. Esse encontro inicial, que tem se tornado cada vez mais comum, é uma oportunidade para os pais se familiarizarem com o médico que cuidará da saúde do bebê desde os primeiros dias de vida. “Durante a consulta, a pediatra pode antecipar situações normais do recém-nascido, ajudando a acalmar a ansiedade dos pais e oferecendo orientações práticas para os cuidados iniciais”, orienta Cristiane Carvalho, pediatra do Hospital Mater Dei Premium Goiânia.

Hora do ouro

De acordo com Paula, é preciso compreender a importância de garantir os direitos do recém-nascido, que é vulnerável e depende completamente dos cuidados que recebe. “Um dos momentos mais críticos para o desenvolvimento saudável do bebê é a chamada "hora do ouro", que se refere à primeira hora após o nascimento. Estudos científicos têm demonstrado que esse período é crucial para estabelecer o contato pele a pele entre a mãe e o bebê, proporcionando inúmeros benefícios”.

Esse contato imediato ajuda a estimular a produção de leite materno, substancial para a amamentação bem-sucedida. Além disso, durante essa hora, o bebê entra em contato com a flora bacteriana saudável da mãe, o que contribui para a formação de um microbioma forte, protegendo-o de futuras infecções. Esse momento também é fundamental para a criação de um vínculo emocional profundo entre mãe e filho, o que pode diminuir o risco de depressão pós-parto e promover uma descida mais eficiente do leite.

“Embora seja desejável que o bebê mame durante essa primeira hora, não há necessidade de pressa. O mais importante é que ele tenha a oportunidade de encontrar o seio materno, entrar em contato com o colostro, aquecer-se e sentir o toque e o cheiro da mãe. Esses primeiros momentos são fundamentais para iniciar a amamentação de forma natural e tranquila”, explica a obstetra.

É importante ressaltar que esse benefício não se restringe aos partos normais. Mesmo em casos de cesariana, é possível e altamente recomendado que o bebê tenha o contato pele a pele com a mãe. “Para isso, é necessário que a temperatura da sala de parto seja mantida acima de 23 graus, garantindo que o bebê fique aquecido e confortável durante esse contato inicial. Essas medidas simples, mas cientificamente embasadas, são essenciais para assegurar que o recém-nascido aproveite ao máximo os benefícios da ‘hora do ouro’, independentemente do tipo de parto”, acrescenta Paula.

Sinais de que o bebê está bem alimentado

Nos primeiros dias após o nascimento, os pais podem se preocupar se o bebê está se alimentando adequadamente. “Alguns sinais importantes incluem diurese frequente com urina de aspecto claro, fezes pastosas, fontanela plana (moleira), e o bebê dormindo após a mamada, soltando o seio espontaneamente. Esses sinais indicam que o bebê está recebendo nutrição suficiente”, explica a pediatra Cristiane.

Cristiane lembra também que, durante a amamentação, é comum que o bebê engula o ar, o que pode causar desconforto e distensão abdominal. Por isso, é importante permitir que o bebê arrote após a mamada, eliminando o ar ingerido e prevenindo problemas que possam atrapalhar a amamentação.

O papel da rede de apoio

A rede de apoio é preciosa para o sucesso na maternidade. Ela oferece suporte emocional e prático, ajudando as mães a lidarem com os desafios da amamentação, mudanças hormonais, transformações corporais e a readaptação à vida cotidiana. Um bom sistema de apoio permite que a mãe se concentre em sua recuperação e no cuidado com o bebê, sabendo que tem com quem contar em momentos de necessidade. “A rede de apoio materno é aquele ombro, real ou virtual, onde as mães podem desabafar e entender as transformações que a maternidade traz à vida – das dificuldades de amamentação ao desmame, solidão, hormônios, transformações do corpo, até a retomada da rotina do casal”, afirma a pediatra do Mater Dei Premium.

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