Economia Negócios

B3: 39% dos investidores têm mais de 5 ativos na carteira

Apontada por especialistas como uma forma de reduzir riscos, a diversificação da carteira tem crescido entre os investidores brasileiros.

21/08/2024 às 10h26
Por: Rede THAP de Comunicação Fonte: Agência Dino
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Shutterstock / DINO
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O Ibovespa pode apresentar quedas significativas em períodos de incerteza, refletindo as dúvidas sobre a economia global e a situação fiscal do Brasil. No entanto, isso não significa que todos os investidores enfrentam perdas. O número de brasileiros que adotam uma carteira de investimentos diversificada está em crescimento, o que ajuda a proteger contra os riscos associados à volatilidade do mercado.

De acordo com dados da B3, apenas 30% das pessoas físicas que investem na bolsa de valores brasileira têm apenas um ativo na sua carteira. Ou seja, os outros 70% tentam balancear os seus investimentos em produtos diferentes. E a maior parte desses investidores já conta com ao menos seis ativos na carteira.

Um novo estudo da B3 mostra que a quantidade de pessoas físicas que investem em mais de cinco ativos subiu de 28% em 2018 para 39% ao final do primeiro trimestre de 2024. Por isso, o número de pessoas físicas que investem somente em ações diminuiu de 67% para 33% na Bolsa brasileira neste período, com o crescimento de aplicações em produtos como fundos imobiliários, BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e ETFs (Exchange-Traded Funds).

Especialista em investimentos do Investidor10, Bruno Vasconcelos diz que essa estratégia de "diversificação dentro do portfólio do investidor é super importante para a mitigação de riscos e eventuais percalços na jornada".

Isso porque, se uma pessoa investe todo o seu dinheiro em um único produto, ela corre o risco de sofrer uma perda significativa caso esse ativo apresente um desempenho diferente do esperado. Porém, a perda pode ser menor ou nem existir se esses recursos estiverem aplicados em produtos diferentes, já que a valorização de um ativo pode compensar o baque de outro.

Ou seja, a diversificação da carteira ajuda o investidor a reduzir riscos e ainda pode potencializar retornos. É por isso que, no mercado, existe a máxima de que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta. Também não é à toa que a Teoria Moderna do Portfólio, por meio da qual o economista Harry Markowitz elaborou os benefícios de uma carteira de investimentos diversificada, ganhou o prêmio Nobel de Economia em 1990.

Como diversificar a carteira de investimentos

Vasconcelos explica ainda que uma boa estratégia de diversificação da carteira deve considerar a alocação em setores e segmentos diferentes em termos de ações, mas também outras classes de ativos. 

Uma combinação frequente na bolsa brasileira é a composição de uma carteira com ações, FIIs e BDRs, por exemplo. Mas a renda fixa também atrai um número relevante de investidores, segundo dados da B3.

Para montar uma carteira diversificada, a orientação é de que os investidores busquem informações sobre diferentes ativos, para entender como cada um pode reagir a situações de risco e perceber quais produtos se adequam ao seu perfil e aos seus objetivos.

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