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Por que adotar edge computing no setor de gás e petróleo

Especialista da Schneider Electric explica como sistema pode ajudar no processamento de dados e transição energética

16/02/2024 às 11h41
Por: Rede THAP de Comunicação Fonte: Agência Dino
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Chrstina Morillo - pexels
Chrstina Morillo - pexels

Nos últimos anos, a indústria de petróleo e gás tem enfrentado intensa pressão para reduzir custos, gerenciar a volatilidade da demanda, aprimorar a sustentabilidade operacional e aumentar a competitividade. Esses setores também têm experimentado uma explosão na geração de dados em todas as operações de exploração e produção.

De acordo com uma pesquisa da Cisco, uma única plataforma de petróleo offshore gera dois terabytes de dados diariamente. Para que todas essas informações auxiliem na abordagem de desafios comerciais e na sustentabilidade é necessário capturá-las, consolidá-las, armazená-las e analisá-las rapidamente. Com isso, o uso de edge computing - ou computação de borda - vem sendo considerado uma solução em potencial.

“A forma pela qual esse influxo de dados é processado tornou-se um fator crítico de sucesso. Inicialmente, muitos consideraram processar os dados na nuvem. No entanto, a maioria dos stakeholders da indústria reconhece que processar dados localmente, em vez de apenas na nuvem, pode oferecer diversas vantagens comerciais”, explica Davi Lopes, diretor de Distribuição, Inside Sales e Transformação Digital da Schneider Electric. 

Novas soluções, como micro data centers e data centers modulares pré-fabricados, oferecem alternativas para as empresas de petróleo e gás. A edge computing auxilia o processamento em velocidades e volumes maiores em áreas remotas. Por exemplo: os dados podem ser processados mais rapidamente em locais distantes da exploração e perfuração de petróleo, permitindo que os operadores tomem decisões comerciais mais rápidas.

O especialista da Schneider Electric explica cinco razões para a adoção de edge computing no setor:

1- Economia de largura de banda: a velocidade de transferência de dados depende, muitas vezes, da largura de banda dos equipamentos de rede. As taxas de transferência de informações podem se tornar caras se os volumes forem altos ao enviar e receber dados para e da nuvem. A edge computing reduz drasticamente esse custo porque a maioria dos dados é capturada e processada localmente.

2- Redução da latência: a latência é o tempo entre o momento em que um pacote de dados é transmitido até quando ele atinge seu destino e retorna. “Uma latência excessiva cria engarrafamentos que impedem que os dados preencham a capacidade da rede. O impacto da latência na largura de banda da rede pode ser temporário (durando alguns segundos), como um semáforo, ou constante, como uma ponte de via única. Quando a edge computing é implementada, poucos problemas de latência ocorrem, pois os dados são analisados localmente em vez de serem enviados e retornarem da nuvem”, afirma Lopes.

   3- Melhoria da confiabilidade: a edge computing possibilita a operação do processamento de dados mesmo quando a internet ou a conexão com a nuvem é interrompida. Essa confiabilidade aprimorada reduz drasticamente o tempo de inatividade, especialmente em locais remotos, contribuindo para maior lucratividade.

4- Segurança cibernética e privacidade de dados: como os sistemas de edge computing são distribuídos, torna-se muito mais fácil segmentar uma rede de borda do ponto de vista da cibersegurança. A camada de rede é crítica para proteger, pois é onde os dispositivos se comunicam e transformam dados em informações que facilitam decisões precisas e rápidas. A arquitetura de borda permite a implementação da cibersegurança para manter os dados capturados privados e protegidos contra terceiros não autorizados.

5- Transição energética: reguladores, acionistas e clientes pressionam a indústria de petróleo e gás a ser mais sustentável. Muitas empresas estão investindo e transferindo suas operações para energias renováveis. Isso inclui dedicar uma parcela crescente do seu orçamento a fontes de energia com baixa emissão de carbono, como fazendas eólicas offshore, usinas solares e plantas de hidrogênio verde.

Para Lopes, os sistemas de edge computing podem desempenhar um papel importante no suporte à coleta, consolidação e análise de dados para aprimorar eficiências operacionais e de produção de hidrogênio. “Micro data centers pré-configurados e pré-testados podem oferecer capacidade de computação de TI, proteção de energia, software de monitoramento ambiental e segurança necessários para essa transição.”

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