A delegação amazonense que representará o estado na etapa nacional das Paralimpíadas Escolares 2023 começa a embarcar, neste sábado (25/11), para São Paulo, local da competição. Este é considerado o maior evento esportivo para crianças, adolescentes e jovens com deficiência, em idade escolar, do mundo e vai receber 51 representantes do Amazonas, sendo 31 alunos paratletas da rede estadual, que disputarão medalhas em cinco modalidades esportivas, entre os dias 27 de novembro e 2 de dezembro.
Esta competição, que acontece em São Paulo, representa o encerramento de um ciclo de vitórias do paradesporto escolar amazonense, no ano de 2023, que começou na 1ª Paralimpíadas Escolares do Amazonas (Parajeas), com organização da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar. Com os resultados alcançados no Parajeas, os paratletas classificados disputaram, em Brasília, as seletivas regionais, contra outros nove estados do Brasil. Agora, seguem para a fase final, que reunirá todas unidades federativas do país, além do Distrito Federal, na capital paulista.
A delegação amazonense esteve, nesta sexta-feira (24/11), em reunião de ajustes finais na sede da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, com a presença da secretária de Educação, Kuka Chaves.
“Sabemos que toda possibilidade a mais de enriquecimento de saberes, de conhecimento sobre outros estados, construção de memórias e amizades é uma grande porta de incentivo para que outros atletas também comecem a praticar esportes. O governador Wilson Lima sabe dessa realidade e não mede esforços, sempre incentivando todos os projetos educacionais e, principalmente, na área do esporte”, destacou a secretária de Educação.
O Amazonas vem de recordes em sua última participação nas Paralimpíadas Escolares 2023, na etapa regional em Brasília. Com 50 medalhas conquistadas e a quebra de dois recordes escolares, o estado teve seu melhor resultado em todas as participações. Nesta fase nacional, os paratletas amazonenses disputarão medalhas no atletismo, natação, badminton, tênis de mesa e halterofilismo.
Presença especial
Referência para os paratletas que ainda estão em idade escolar, também esteve na reunião o paratleta Lucas dos Santos, medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos 2023, na modalidade de halterofilismo. Lucas, que hoje tem 22 anos e cursa o Ensino Superior em Educação Física, foi descoberto com 14 anos pelo professor da rede estadual de ensino, Getúlio Oliveira. O medalhista era aluno da Escola Estadual (EE) Antônio da Encarnação Filho, na zona oeste da capital.
“Eu comecei assim como vocês (paratletas presentes), graças ao meu professor, que me convidou. Hoje, considero que, além do esporte, o estudo também é muito importante, porque ele fica com a gente para sempre e nos dá a oportunidade de também formar atletas vencedores, mostrar que o Amazonas não é pequeno. Espero ver esses paratletas também disputando Parapans, Mundiais, sendo vencedores”, compartilhou o paratleta, que também foi medalhista de bronze no Parapan 2019, em Lima, no Peru.
E são histórias como a do Lucas dos Santos que fazem o potencial esportivo dessas competições também se tornarem importantes ferramentas de construção do cidadão, segundo a secretária executiva adjunta da juventude e desporto escolar, da Secretaria de Educação, Amanda Silotti.
“O esporte desempenha um papel crucial na educação, desenvolvendo resiliência, trabalho em equipe e outras virtudes. Os nossos alunos paralímpicos são exemplos de determinação e nós desejamos a todos eles uma boa sorte, que tragam não somente medalhas, mas memórias desse momento importante”, destacou a secretária.
Últimos preparativos
Os sentimentos que antecedem a participação em mais um campeonato nacional seguem aflorados entre os paratletas da delegação amazonense. Estreante no paradesporto escolar neste ano de 2023, o aluno João Mateus, 16, da EE Profº Jorge Karam Neto, falou sobre seus objetivos na competição em São Paulo.
“Representar o Amazonas é uma honra muito grande para mim. Estou muito feliz e espero ter mais experiências, mais viagens. Não quero apenas medalhas, não penso só nisso. Penso em vencer, mas também considero a derrota como algo válido, porque é dela que tiramos forças para continuar melhorando”, finalizou João, que compete no atletismo, na prova dos 400 metros.