
O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou o 2º Seminário dos Núcleos Hospitalares, nesta quinta-feira (11), reunindo coordenadores das unidades estaduais e municípios da Região Metropolitana para fortalecer a vigilância epidemiológica hospitalar. O encontro ocorreu no auditório do Ceprama, no bairro Madre Deus, Centro Histórico de São Luís.
O objetivo do seminário foi padronizar orientações, reforçar fluxos de notificação e aprimorar a detecção e a resposta rápida às emergências em saúde pública.
Lídio Gonçalves, diretor-geral do Instituto Oswaldo Cruz - Laboratório Central do Maranhão (IOC/Lacen-MA), destacou que a atuação integrada dos núcleos garante detecção precoce, monitoramento eficiente e respostas que salvam vidas, ressaltando o papel do Lacen no diagnóstico oportuno e qualificado.
Durante o evento, as equipes revisaram notas informativas sobre comunicação imediata, reforçando que os Núcleos de Vigilância são a primeira fonte de dados para subsidiar decisões estratégicas. Representantes da Vigilância Epidemiológica Hospitalar, Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres/SES) e Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/SES) também participaram das discussões, reforçando o papel da Rede Estadual de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renav).
A coordenadora das Emergências em Saúde Pública da SES, Mayrlan Ribeiro Avelar, destacou que o seminário permitiu avaliar o trabalho do ano e fortalecer os processos de notificação. “Os núcleos são o primeiro contato e precisam garantir dados organizados e oportunos para apoiar as decisões durante emergências”, afirmou.
Para a coordenadora do Cievs-SES, Jakeline Trinta, os núcleos hospitalares são fundamentais para identificar doenças inusitadas. “Eles traçam o perfil epidemiológico das unidades e dos territórios, ajudando a orientar as ações da Vigilância Epidemiológica”, explicou.
O evento também apresentou experiências exitosas. A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), Loriany Marques Garcez, compartilhou práticas ligadas ao processo de certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA). O HCM já possui ONA 1, recebeu ONA 2 e segue em preparação para o ONA 3 em 2026, com forte participação da epidemiologia na implantação de instrumentos, indicadores e protocolos que melhoram a segurança do paciente.
A apoiadora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) na Unidade Mista do São Bernardo, Uiara Lima, reforçou a importância do trabalho dos núcleos. “Lidamos com dados que representam vidas. Esses espaços são essenciais para discutir ações que reduzam o impacto das doenças compulsórias e para troca de experiências”, destacou.