
Conforme a coordenadora Carolina Queiroz, a tecnologia não fornece apenas o dado do momento. O usuário que está com o sensor tem um monitoramento 24 horas. A cada minuto é transferido por Bluetooth uma atualização de como está o nível de glicose dele. Os dados são compartilhados através de uma plataforma online com todos os profissionais das equipes multiprofissionais de saúde de Dourados. A tecnologia é para 15 dias. Assim, dois sensores são suficientes para o mês. O dispositivo é fixado na parte posterior do braço e é resistente à água.
Segundo ela, independente da região que a criança mora em Dourados, existe uma equipe multiprofissional de referência para ela. “Temos o nutricionista, o farmacêutico, o assistente social, psicólogos, médico, enfermeiro, que têm acesso aos dados da criança e podem atuar diretamente ali, seja ajustando a dose da insulina, seja alterando as informações para o consumo alimentar dele”, relata.
As crianças já vinculadas ao programa, via Urmi (Unidade Reguladora de Medicamentos e Insumos) recebem o sensor na farmácia municipal mais próxima da casa dela. “O primeiro treinamento é vinculado à Urmi, onde o responsável recebe orientação, o profissional de saúde faz a primeira aplicação, explica como fazer e, a partir deste momento, na segunda aplicação, os profissionais assistem e a própria família faz as aplicações, a cada 15 dias”, explica a coordenadora.
Segundo ela, a tecnologia é importantíssima para a tomada de decisão. “Para o profissional de saúde, traz uma tranquilidade muito grande, porque as crianças e adolescentes têm uma oscilação muito grande. E com essa tecnologia, a mãe não precisa mais levantar à noite e ir até o quarto. Se estiver configurado no celular dela, do quarto dela, ela consegue ver o estado. Porque ele dá o resultado, te mostra se está estável, se está subindo ou caindo”, comenta. “Dá conforto pros pais, pra escola, dá segurança pra professora, dá segurança na comunidade religiosa, retiros e tudo mais”, completa.


